TRT5-BA realiza 4º Encontro sobre Acessibilidade

 

''Acessibilidade é uma palavra muito importante, deve estar no pensamento e prática de todos, e o TRT5-BA procura aplicá-la no sentido de igualar para caminhar juntos. Primamos por inovações na escolha dos temas e, certamente, sairemos daqui melhores'', disse a presidente, desembargadora Maria Adna Aguiar, na abertura do 4º Encontro Sobre Acessibilidade. O evento, realizado em celebração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), aconteceu na manhã da última sexta-feira (2), na Sala de Sessões Nylson Sepúlveda, edifício-sede do TRT.

 

O primeiro palestrante foi o consultor e autor de livros sobre inclusão social, Romeu Kazumi Sassaki, que falou sobre a evolução histórica da questão laboral e o problema das barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam no ambiente de trabalho. Segundo ele, são sete os tipos de barreiras (arquitetônicas, comunicacionais, programáticas, metodológicas, instrumentais, naturais e atitudinais) e é preciso eliminá-las através de programas de sensibilização, conscientização, convivência e capacitação. ''Somente assim o conceito de 'inclusão' pode ser alcançado de forma integral. Trata-se da adequação do mercado às especificidades da pessoa'', afirmou.

 

 

''O Estatuto da Pessoa com Deficiência está em vigor há um ano e o Estado tem o dever de garantir cidadania às pessoas com deficiência. Tratam-se de direitos sociais e existe uma preocupação com a materialidade da lei por meio de políticas públicas. Ante a forte contestação do mercado, é essencial o debate e o monitoramento diários'', afirmou Edgilson Tavares de Araújo, doutor pela PUC/SP ao abordar o tema 'Evoluções e Perspectivas da Legislação'. Segundo ele, a lei amplia as lógicas de 'exclusão' e 'inclusão', concebendo o processo como um fenômeno gradual, cultural e ético.

 

 

Já o velejador e medalhista olímpico Lars Grael discorreu sobre sua trajetória de vida, parcerias e premiações antes e depois do acidente ocorrido em 1998, ocasião em que perdeu uma das pernas. ''No início, vivenciei um grande sentimento de rejeição e os depoimentos que escutei foram importantes referências motivacionais para meu processo de superação. Servir de inspiração para pessoas vale mais do que os prêmios'', disse ele, que também é gestor do Projeto Grael/Instituto Rumo Náutico e retornou às competições oficiais seis meses após o acidente, alcançando, este ano, o pentacampeonato sulamericano de vela oceânica pela classe star.

 

Ao final do evento, a presidente agradeceu a presença de todos e, bastante emocionada, levou ao conhecimento dos presentes sobre o Selo Justiça em Números, que será concedido ao TRT5-BA pelo Conselho nacional de Justiça (CNJ). ''Na próxima segunda-feira (5), irei até Brasília para receber a honraria. Fomos contemplados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o Selo Justiça em Números, na categoria Diamante - a mais alta categoria do prêmio - e o dedico a todos vocês. Somos todos diamantes'', finalizou.

 

MESA - Além da presidente, fizeram parte da mesa o diretor da Escola Judicial, desembargador Norberto Frerichs; o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho na Bahia, Alberto Balazeiro; a desembargadora Graça Boness; o servidor coordenador da Comissão de Acessibilidade deste Regional, Marcelo de Carvalho Monteiro Filho; dentre outras autoridades.

 

Secom TRT5 - 05/12/2016