Dia do Professor: educar também é desafio para profissionais do TRT5

O professor Fábio Costa no curso Pré-Enem para alunos do município de Madre de Deus


A busca pela aproximação com o aluno, pelas ferramentas necessárias ao exercício da profissão e pelo reconhecimento na escola e fora dela são os maiores desafios dos educadores no 15 de outubro, Dia do Professor. Isso é o que se pode depreender dos depoimentos de professores que também atuam no TRT5, na magistratura ou como servidores. A atuação no magistério também é marcada por uma fé intensa no papel da educação para transformar a vida das pessoas.

 

A juíza do Trabalho Andrea Presas Rocha, que é professora de graduação e pós-graduação do curso de Direito da Universidade Federal da Bahia, afirma que a principal exigência da profissão é manter-se sempre atualizada com o conteúdo das matérias, com os acontecimentos no Brasil e no mundo, bem como com as novas tecnologias. ''Lido com um público heterogêneo e, na graduação, convivo com jovens de vinte e poucos anos. Para que a comunicação seja satisfatória, procuro também falar a mesma linguagem que os meus alunos. Sempre tive uma boa relação com eles e acredito que o segredo de qualquer bom relacionamento interpessoal é o respeito mútuo'', diz.

 

Ainda segundo ela, alguns assuntos são mais complexos e a preparação das aulas demandam mais tempo que as próprias exposições, mas é muito gratificante ver, através da manifestação dos alunos, que realmente houve compreensão do conteúdo. ''Sinto-me bastante realizada e acredito muito na educação para mudar o país. Trata-se de um investimento a longo prazo (50 anos) e aqueles que têm a chance de receber a informação devem passá-la adiante'', conclui.

 

Para Fábio Costa, professor de Física de Ensino Médio e pré-vestibular e servidor lotado na Coordenadoria de Manutenção e Conservação, o ensino é uma missão. ''Além de ensinar o conteúdo da disciplina, para quem faz com dedicação e alegria, é preciso despertar sonhos nos alunos'', afirma. Ele explica que a profissão sofre com a descrença no país, em que o mais difícil é estimular o interesse dos estudantes.

 

''Como as coisas passam de forma ligeira, temos que estar nos atualizando constantemente. Ter principalmente inteligência emocional e espiritual para lidar com as situações em sala de aula. A tecnologia, por exemplo, me ajuda na interatividade do curso, procuro usá-la ao meu favor nesse sentido e também peço auxílio na busca de informações como nomes de cientistas ou os tempos dos acontecimentos, e eles me auxiliam'', conta. ''O que eu desejo dos alunos no dia do professor é realmente ser lembrado por eles, porque eu amo essa profissão. Às vezes peço que cantem 'parabéns', depois eu explico de quem é a data'', complementa.

 

Já o professor de pós-graduação em Cálculos Trabalhistas, Carlos Alberto Marques, que é servidor do Núcleo de Apoio à Atividade de Cálculos, acredita que também há uma troca de experiências com os alunos em sala de aula. ''Como trabalho com pessoas adultas, o relacionamento flui de forma mais natural'', afirma ele, que leciona há 10 anos. 

 

 Marques conta que a jornada só é cansativa, por ser somada a outra. ''Quando fazemos uma atividade que nos motiva, ela se torna uma realização. Ainda espero transformar o curso de extensão em Perícia Judicial do Trabalho em pós-graduação para me dedicar a isso na aposentadoria'', revela . ''De todas essas coisas, o melhor presente para mim é ver o aluno se desenvolver bem e depois, vê-lo atuando no mercado'', reiterou.

 


DATA - A instituição do Dia do Professor se deu em 15 de outubro de 1827, quando o imperador D. Pedro I decretou a criação do Ensino Elementar no Brasil, com a construção das escolas de primeiras letras em todos os vilarejos e cidades do país. Além disso, o decreto estabeleceu a regulamentação dos conteúdos a serem ministrados e as condições trabalhistas dos professores.

 

Secom TRT5 (Nailan Brasil) - 15/10/2016