TRT5 participa de Encontro de Responsabilidade Socioambiental no Pará

 


 
A desembargadora Marizete Menezes e os servidores Sandro Micucci Santos, da Coordenadoria de Projetos Especiais, e Erman Mota Barbosa Dias, da Secretaria de Gestão Estratégica,  representaram o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), no I Encontro Nacional de Gestão da Responsabilidade Socioambiental da Justiça do Trabalho, que discutiu a Política Nacional de Responsabilidade Socioambiental da Justiça do Trabalho, instituída pelo Ato Conjunto nº 24/2014. O evento, que aconteceu na sede do TRT da 8ª Região, em Belém (PA), nos dias 3 e 4 passados, foi marcado pela qualidade do debate (ver depoimentos abaixo).

 

O Encontro, organizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) com o apoio do TRT5, reuniu presidentes de TRTs, desembargadores do Trabalho e servidores. O coordenador do Comitê Gestor da Política de Responsabilidade Socioambiental da JT e Vice-presidente do TRT14, desembargador Ilson Alves Pequeno Junior, ressaltou o papel de vanguarda da Justiça do Trabalho por meio do TST e CSJT com o Ato Conjunto, e afirmou que o que era apenas obrigação moral passou a ser um dever institucional.


 
Um dos destaques do evento foi a palestra da especialista em comunicação Nádia Rebouças, que traçou um panorama histórico do conceito de sustentabilidade e chamou a atenção do público para a necessidade de mudança. “Em cada lugar que estivermos, podemos encontrar um lugar de transformação, seja dentro do Tribunal, em casa, na escola dos filhos... É muito desconfortável ser sustentável, porque o consumo criou um mundo confortável. Porque eu fazer um suco hoje dá trabalho e comprar uma caixinha não dá trabalho nenhum. Eu fingir que não existem animais, que eles estão embalados, escondidos. Meio que tudo virou embalagens maravilhosas, coloridas e que isso é assim, e eu não penso de onde isso vem, para onde isso vai, como eu descarto, nada disso.  Você tem uma mudança muito grande individualmente, nas empresas que têm que começar a pensar no que elas fazem. As pessoas não têm consciência, a não ser quando acontece um desastre e você se dá conta de que ele custa muito mais, porque custa a reputação de sua marca", ressalta.

 

Veja depoimentos dos participantes do encontro:

 

DESEMBARGADORA MARIZETE MENEZES CORREA - O evento foi muito bem organizado, com participações do mais alto nível, não só da área jurídica, mas também de técnicos, convergindo para a preservação do meio ambiente, o consumo sustentável, a reutilização e reciclagem. Além disso, foram apresentadas as inciativas que estão sendo tomadas. Houve, por exemplo, uma palestra muito interessante de uma juíza de Belém que luta no combate ao trabalho infantil. Ela tem um trabalho junto aos pais, mães e à sociedade, com a adesão de artistas e divulgação em ônibus, barracas e praças. Também visitamos uma ilha onde há uma cooperativa que tem um trabalho com sementes que são utilizadas em cosméticos. Acredito que o desafio da sociedade é realizar uma grande ação de conscientização usando mídia e participação, modificando os padrões do consumo, acompanhado o descarte de material até o seu momento final, entre outras demandas.

 

SANDRO MICUCCI SANTOS - A organização primou pela escolha dos temas, assim como pelo elevado nível dos palestrantes e painelistas, que conseguiram traduzir toda importância e possibilidades da Política de Responsabilidade Socioambiental. Fiquei impressionado principalmente com o compromisso e o empenho dos magistrados e servidores presentes com o êxito deste programa. Na Bahia, o TRT já utiliza em suas licitações e contratos as diretrizes traçadas pelo "Guia de Contratações Sustentáveis da Justiça do Trabalho", aprovado pela resolução CSJT nº 103, de 25/05/2012, assim como implantou ações no campo da responsabilidade socioambiental, a exemplo da coleta de lixo seletiva solidária, estando o "Plano de Logística Sustentável" em fase de análise pela Comissão de Gestão Socioambiental. Será primordial para o êxito deste programa a conscientização sobre o uso racional dos recursos para a sua preservação, suprindo as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender as suas próprias. O consumo desenfreado deve dar lugar ao consumo consciente, em todas as esferas, seja no ambiente familiar, na escola ou no trabalho. A construção desta política deverá ocorrer de forma conjunta, com a participação de todos, para que se obtenha a sua efetividade.

 


ERMAN MOTA BARBOSA DIAS - O encontro foi excelente, com apresentação de experiências significativas, como um tribunal que nomeou servidores responsáveis pelo monitoramento em todas as unidades, algo que também está previsto no nosso "Plano de Logística Sustentável". Merece destaque o empenho com que o assunto está sendo tratado, o que demonstra que a questão veio pra ficar, assim como a gestão estratégica. O nosso TRT já desenvolveu ações como a coleta reciclável e o estímulo à troca de copos descartáveis por permanentes. A demanda, porém, exige cada vez mais, envolvendo acessibilidade, conscientização e outras variáveis. As pessoas podem contribuir se envolvendo, trocando informações, multiplicando conhecimento - enfim, se mobilizando.

 

Secom TRT5, com informações do CSJT- 9/12/2015