TRT/BA julga dia 20/11 greve em indústria alimentícia de Ilhéus

foto: Secom TRT5

 

Não houve acordo entre a Cargill Agrícola S/A, indústria do ramo alimentício situada em Ilhéus, e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Ilhéus e Região (Sindicacau) na audiência de conciliação ocorrida nesta quinta-feira (13/11) na sede do TRT da Bahia, em Nazaré. Por conta disso, o dissídio coletivo de greve dos cerca de 300 trabalhadores da empresa será julgado na próxima quinta-feira (22/11), às 15 horas, pela Seção de Dissídios Coletivos. O relator da matéria será o desembargador Edilton Meireles.

 

Até lá, segue valendo a liminar concedida no último dia 8/11 pela desembargadora Vânia Chaves determinando que o Sindicacau mantenha em atividade o contingente mínimo de 30% dos trabalhadores. Essa decisão, segundo o Sindicacau, já foi cumprida pelos trabalhadores com a suspensão do movimento paredista.

 

As partes já concordaram com o reajuste salarial de 8% retroativos a 1º de junho, data-base da categoria, mas não entraram em consenso em relação ao valor do piso salarial e do ticket alimentação. A Cargill oferece R$ 990 de piso, mas o Sindicacau reivindica R$ 1.060, alegando ser esse o valor praticado por outras empresas do mesmo ramo na região. Quanto ao ticket, a empresa oferece R$ 633 e o sindicato quer R$ 650.

 

A vice-presidente do TRT/BA, desembargadora Nélia Neves, que conduziu a audiência na condição de presidente em exercício, tentou uma conciliação ponderando o grande porte da empresa e sua importância para a economia local. Em conjunto com o representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador Antônio Messias Bulcão, a magistrada propôs a fixação do piso salarial em R$ 1.030 e a manutenção do ticket em R$ 650 - valores que foram aceitos pelo sindicato, mas rejeitados pela empresa.

 

(0000991-25.2014.5.05.0000 DCG)

 

Secom TRT5 (Lázaro Britto) - 14/11/2014