Autogestão em saúde deve começar com serviços complementares

 

A comissão encarregada de viabilizar o Plano de Autogestão em Saúde do TRT5, o TRT5 Saúde, vem trabalhando, com o aval do presidente Valtércio de Oliveira, para que os primeiros passos para a implantação sejam dados já em 2014. "A meta é que o plano seja lançado, inicialmente, com a oferta de atendimento em áreas complementares às já oferecidas pelas operadores que prestam serviços ao público do Tribunal, como fisioterapia e odontologia, por exemplo”, adiantou a presidente da comissão, desembargadora Graça Boness, durante reunião no Gabinete da Presidência.

 

O público-alvo no TRT5, informou a magistrada, é de 7.704 pessoas, incluindo magistrados, servidores (ativos e inativos) e seus dependentes - distribuídos hoje entre as operadoras Promédica, Sulamérica, Medial e Assefaz - e a faixa etária que prevalece é superior a 40 anos. Neste momento, o Tribunal está realizando um importante levantamento epidemiológico dessa população, com o objetivo de viabilizar a previsão de custos e todo o planejamento administrativo da autogestão, que contará com assessoria especializada.

 

A rede médico-hospitalar a ser adotada pelo Tribunal futuramente, informou a desembargadora Graça Boness, será a mesma já credenciada pela Justiça Federal da Bahia. Outra facilidade já garantida para a implantação no TRT5 Saúde, acrescentou, é um sistema informatizado de controle gerencial para o plano cedido pelo Tribunal Superior do Trabalho. "Poupamos, com isso, um investimento significativo de cerca de R$ 1,5 milhão", constatou a desembargadora. Pequenos ajustes desse sistema à realidade da Justiça do Trabalho baiana estão sendo feitos pela própria Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) e a ferramenta já se encontra em operação.

 

O plano de autogestão do TRT5 será opcional, informou a presidente da comissão. O presidente do Tribunal manifestou total apoio à implantação e disse acreditar que é a melhor opção para todos: "Sermos gestores, sem fins lucrativos do nosso próprio plano de saúde, sem dúvida nos garantirá melhores condições de atendimento". E devemos lembrar, salientou ainda a desembargadora Graça Boness, que os custos individuais também devem diminuir, pois “os reajustes efetuados pelas operadoras do mercado estão muito acima da inflação, não tanto pelo índice de sinistralidade como sempre alegado, e sim pelo coeficiente de lucro que se insere na atividade dessas empresas, geralmente em torno de 25%".

 

Brevemente, a comissão vai divulgar os próximos passos e, junto com a Secretaria de Comunicação, lançar um canal para que todos os interessados possam tirar dúvidas sobre o novo plano.

 


Secom TRT5 (Valdicéa do Val) - 11/6/2014