Secretaria de Informática do TRT5 - 25 anos de inovações

A presidente do TRT5, desembargadora Vânia Chaves (ao centro), com diretores e servidores atuais e antigos da SI, em confraternização nesta terça (18/12)

 

A Secretaria de Informática do TRT5 comemora, em 2012, 25 anos de instalação, tendo provocado uma verdadeira revolução em todos os setores da instituição com a introdução e consolidação de novas ferramentas e novas rotinas de trabalho. Desde a implantação da Secretaria de Planejamento e Informática, em 1987, até o começo desse mês, com a instalação do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) na 10ª vara trabalhista da Bahia, investiu-se muito em equipamentos, contratações e capacitação. Ao longo dos anos, as equipes envolvidas na área também se desdobraram, desenvolvendo e testando soluções, com o apoio de magistrados e de servidores, com o objetivo de promover maior celeridade e segurança nos trabalhos e menor tempo de resposta nas consultas.

 

De lá pra cá, o TRT redefiniu a sua jurisdição, com a ampliação do número de varas trabalhistas e a instalação de novos fóruns (entre as iniciativas mais importantes, a inauguração do edifício Ministro Coqueijo Costa, em 1991; a criação, em 1992, do TRT da 20ª Região - Sergipe -, retirando aquele estado da jurisdição do TRT5; a instalação, em 1993, de 26 novas juntas de conciliação e julgamento na Bahia, sendo 10 na capital e 16 no interior; e a implantação, em 2004, de 19 novas varas do Trabalho, sendo 14 na capital).

 

Na segunda metade da década de 1990, outros investimentos em tecnologia ocorreram com a criação de turmas de suporte técnico, o desenvolvimento de novos aplicativos e o treinamento de pessoal. Iniciou-se o projeto SAMP (Sistema de Acompanhamento de Processos) que propiciou a administração informatizada das atividades de tramitação processual.  Surgiram os primeiros postos avançados da Justiça do Trabalho, que funcionavam em shoppings, em centros de serviços do governo estadual, com a finalidade de proporcionar um maior acesso ao judiciário. E, em 1997, foi disponibilizado na internet o primeiro portal do TRT5.

 

No começo dos anos 2000, houve a renovação dos equipamentos de informática do Tribunal, particularmente das varas do interior, possibilitando a introdução de novos módulos do SAMP e a integração total da 5ª região através do sistema. A implantação de uma nova ferramenta de informática tornou possível pesquisar a jurisprudência do TRT5 na internet. Nesta mesma época, um sistema eletrônico de produção do Diário Oficial próprio do Regional também foi instalado com sucesso, e o informativo passou a ter publicação simultaneamente em papel e online.

 

Nos últimos anos, os magistrados passaram a realizar cobranças de dívidas trabalhistas por meio eletrônico e a Central de Execução realiza leilões nas modalidades presencial e virtual. O TRT se aparelhou com a substituição de mais de duas mil máquinas, ao tempo em que instalou o PJe-JT em dez varas no interior, nas cidades de Santo Amaro, Candeias, Itabuna e Ilhéus, além de usar esse sistema como forma única de ajuizamento de novos processos originários na segunda instancia.

 

 

INFRAESTRUTURA - A diretora da Secretaria de Informática, Cláudia Jorge (na segunda foto desta página, durante cerimônia de implantação do PJe em Itabuna), relembra iniciativas que marcaram a evolução no trabalho da secretaria: Em 1996 implantação no Samp, dos sistemas PUSH e HelpDesk; em 2009, o primeiro Planejamento Estratégico; em 2011, Ações de Segurança da Informação; em 2012, a Implantação do PJe. 'Estes são apenas alguns dos inúmeros projetos e ações executadas que contribuíram diretamente para o pioneirismo do TRT5, a celeridade e transparência da Justiça Trabalhista na Bahia', afirma Cláudia.

 

Ainda segundo ela, atualmente o TRT está realizando investimento em infraestrutura, a fim de garantir maior tranquilidade e segurança para ampliação dos serviços e principalmente para a expansão do processo eletrônico. A previsão é que, até abril de 2013, os seguintes serviços e equipamentos estejam implantados:

- Substituição de todos os equipamentos servidores que atendem aos diversos serviços informatizados do Tribunal por equipamentos mais modernos, com tecnologia Blade, fornecidos com o apoio do CSJT;

- Aquisição do serviço de link de internet redundante, o que garantirá o fornecimento do serviço por uma outra operadora em caso de queda no link da operadora principal;

- Transferência do servidor de arquivos para o novo storage – ação que trará melhor performance no acesso aos arquivos armazenados em pastas compartilhadas internamente;

- Aquisição de novos servidores e equipamentos de rede para o interior;

- Ampliação da velocidade dos links que interligam o interior à capital;

- Aquisição de microcomputadores e impressoras para garantir a atualização do parque de informática
 

 

Memórias dos primeiros desafios


 

 

O presidente da Associação dos Servidores Aposentados da Justiça do Trabalho da 5ª Região (ASA5) Edison Emanuel Pereira de Jesus, continua na ativa, à frente da entidade, com o mesmo ritmo que adotou quando foi o primeiro diretor da SPI. Enquanto finalizava os preparativos de fim de ano da Associação, ele nos deu uma entrevista, lembrando a fundação da Secretaria de Informática, com dois computadores de 16 bits cada, e falou também da sua permanência na direção da unidade, nos seus sete primeiros anos. Veja os principais pontos:

 

- Em 1985, na gestão do desembargador Alfredo Vieira Lima, o TRT5 selecionou um grupo de aproximadamente 12 pessoas para treinar a linguagem Basic em microcomputadores da Apple, de 16 bits, com drive externo, disquete de 5-1/4". Pouco tempo mais tarde, foi criado o Grupo de Processamento de Dados e realizado concurso para o preenchimento de vagas. Em 1987, o novo presidente do Tribunal, desembargador Ronald Amorim, formalizou a Secretaria de Planejamento e Informática (SPI), com dois analistas, dois programadores, cinco operadores e 10 perfuradores/digitadores.


- No começo, o trabalho abrangia o sorteio de processos na Distribuição de Salvador e a elaboração de cartazes. Ainda no final dos anos 1980, a Secrel, uma empresa de processamento de dados, ganhou a concorrência para fornecer um sistema e o processamento de informações do Tribunal, além dos terminais e das impressoras. Os dados eram tramitados nos fóruns de Salvador e nas cidades do interior com mais de duas Juntas de Conciliação e Julgamento (Itabuna, Feira de Santana, etc) e transmitidos para a sede da empresa em Salvador por links da Embratel e da Telebahia. Só era disponível um terminal para cada duas juntas e com alguma frequência, a comunicação era interrompida devido à precariedade dos equipamentos da época e a diferenças entre as operadoras de telefonia.


- O TRT5 foi pioneiro no uso da informática voltado para a área processual, inclusive com a criação de um sistema exclusivo para o Setor de Protocolo, com um novo PC XT-Cobra (naquela época só era possível adquirir equipamentos brasileiros). Edison Emanuel lembra que, no início da informatização, cada TRT definia seu próprio investimento em tecnologia, mas todos, à exceção do Tribunal baiano, usavam a ferramenta para a área administrativa. A experiência da Bahia serviu, depois, de base para outros regionais. Outro feito digno de nota é que o Samp criado pelo TRT5 já iniciou com as 1ª e 2ª instâncias integradas.


- A área de tecnologia encontrou certa desconfiança da parte de alguns usuários acostumados aos métodos antigos, mas ganhava também o apoio de magistrados e servidores que viam a irreversibilidade da informatização. Por outro lado, a administração central também apostou no novo caminho, adquirindo equipamentos necessários. A aquisição de um Cobra 540 (médio porte) permitiu rodar a folha de servidores. No final de 1992, cada Junta de Conciliação do interior do estado que ainda não estava interligada ao computador central tinha um computador onde eram registradas as reclamações e se lançava a sua movimentação diária.


- Em 1993, houve em Salvador o IV Ciclo de Debates sobre a Informática da Justiça do Trabalho, contando com a participação dos diversos regionais. Naquela reunião ficou definido um esquema de colaboração, segundo o qual cada TRT iria desenvolver módulos de trabalho para apoiar operações na área judiciária e administrativa em prol de um bem comum.

 

Ascom TRT5 (Franklin Carvalho) - 18.12.2012