O juiz Agenor Calazans fala aos operários
Na manhã desta quinta-feira (14), operários que atuam na Arena Fonte Nova assistiram a 4a palestra do Programa Trabalho Justiça e Cidadania, iniciado em maio deste ano, com juízes do Trabalho da Bahia, sobre a responsabilidade de cada um na obra com a vida de todos. A mensagem foi apresentada pelos juízes Agenor Calazans (palestrante), titular da 25ª Vara do Trabalho de Salvador, Ana Cláudia Scavuzzi, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Amatra5), e Rosemeire Fernandes, diretora de Direitos Humanos da Amatra. Representantes dos Narcóticos Anônimos, além da equipe de segurança do Consórcio Construtor da Arena Fonte Nova, também deram seu recado.
As atividades do ProgramaTrabalho Justiça e Cidadania, TJC, da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e da Amatra5, com apoio do TRT5, ocorrem todas as quintas-feiras. A abertura nesta quinta ocorreu com a juíza Rosemeire Fernandes, que falou sobre a importância para os magistrados deste contato semanal com os operários: sentimos falta quando não viemos aqui, pois já faz parte de nossas atividades as palestras sobre direito", declarou.
A juíza Rosemeire Fernandes e a advogada Eliasibe Simões
Atentos, os trabalhadores assistiram a um vídeo explicativo dos passos dados pelos membros dos Narcóticos Anônimos, que incentivam aqueles que buscam ajuda. Ao final, alguns deles vieram ao encontro do palestrante. Segundo o juiz Agenor Calazans, 82 milhões de trabalhadores brasileiros foram afetados pelo uso abusivo de drogas e de bebidas até hoje. E ainda, dados da Organização Internacional do Trabalho informam que de 20 a 25% dos acidentes de trabalho em que os trabalhadores se machucam, em todo o mundo, têm como causa o uso de drogas.
Ao final, a advogada da OAB-BA, Eliasibe Simões, falou sobre uma campanha para o recebimento de denúncias sobre escolas públicas que não cumpram seu papel na formação dos alunos. O TRT5 e Amatra 5 serão parceiros na iniciativa que tem como ação a distribuição de urnas em locais de grande circulação para a colocação das denúncias.
"Me sinto um aluno aqui, estamos aprendendo até a pedir o que pode ou não ser considerado direito nosso, pois antes, eu não sabia nada sobre os meus direitos", contou o operário Antônio Gonçalves.
TRT - Ascom -(Léa Paula) - 14.6.2012