De 25 a 28 de julho, a Vara Itinerante do TRT5 realiza audiências na cidade de Serrinha. Em dois dias, 31 processos foram concluídos pelo juiz João Batista Sales. Uma das ações envolvia um ex-ajudante de pedreiro que não tinha carteira de trabalho assinada, recebia um valor menor do que um salário e cumpria uma jornada superior a 8 horas por dia. Segundo o trabalhador, havia ainda abuso do empregador ao exigir-lhe esforço físico além de sua capacidade, o que o motivou a mover a ação.
Na audiência da Vara Itinerante (foto), o advogado do empregado alegou que apesar do trabalhador reivindicar mais, ele estava disposto a encerrar o assunto com o pagamento de R$ 2 mil. Mas o ex-patrão, mesmo reconhecendo parte da dívida ofereceu R$ 500 reais pelas verbas rescisórias.
O juiz João Batista ponderou com os dois, ressaltando a importância das verbas rescisórias no fim da relação de trabalho, tratando-se de um direito do trabalhador. Após negociar com as partes, foi firmado acordo no valor de R$ 1.650. "Fico satisfeito, pois eu trabalhei muito e não achava justo não ter recebido nada e não ter registro na carteira. Achei ótimo o trabalho do juiz", afirmou José Reis, o ex-empregado.
BALANÇO - Desde que foi criada, em outubro do ano passado, a Vara Itinerante realizou 14 viagens, nas quais realizou 867 audiências, que resultaram na solução de 623 processos. Oito cidades foram visitadas. algumas mais de uma vez: Serrinha (seis vezes), Carinhanha (duas vezes), Medeiros Neto, Mucuri, Teixeira de Freitas, Santa Maria da Vitória, Guanambi e Luis Eduardo Magalhães. Em 60 dias de atividades, foram percorridos 18.206 quilômetros de estradas baianas, número que equivale, para que se tenha um parâmetro, à metade da circunferência do planeta nos trópicos.
Cento e oitenta e um processos foram conciliados, representando pagamentos que somaram R$ 1.070.023,57 (um milhão, setenta mil, vinte e três reais e cinqüenta e sete centavos). As conciliações envolveram 341 pessoas, considerando o total de reclamantes e reclamados em cada relação processual.
Ascom TRT5 - 28.07.2011
Evite usar sacola plástica: ela leva até 300 anos para se decompor.