Sensibilização do TJC reúne representantes de nove escolas


A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, desembargadora Ana Lúcia Bezerra, abriu o Encontro de Sensibilização do programa Trabalho Justiça e Cidadania (TJC) de Salvador e Região Metropolitana, nesta quarta-feira, 1º de setembro, no auditório da Escola Judicial (foto). Executado no estado da Bahia pela Amatra5, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, o TJC continuará recebendo apoio total do TRT5, segundo a dirigente do órgão.

 

Coordenado pelas magistradas Soraya Gesteira e Rosemeire Fernandes, o evento contou com a presença do advogado e ex-procurador do Trabalho Carlos Alfredo Cruz Guimarães, da articuladora em Direitos Humanos da SEC, Ana Elizabeth Gomes, de representantes das Direcs 1A e 1B e de gestores de nove colégios da rede pública estadual: Alípio Franca, Cleriston Andrade, Sara Violeta de Mello Kertez, Ailton de Andrade, Maria de Lourdes Parada, Pau da Lima, Vale dos lagos e Artur Sales. Todos receberam o kit completo do TJC, composto por bolsa, camiseta, cartilhas do Trabalhador e do Trabalhador Doméstico.

 

Cada escola comprometeu-se a recrutar pelo menos 10 professores no Seminário de Capacitação programado para os dias 21 e 22 de setembro, no auditório do Instituto Anísio Teixeira. Cada professor que aplicar o programa será premiado pela Secretaria da Educação com um certificado de 80 horas/aula.

 

O destaque do encontro ficou para a participação do desembargador Cláudio Brandão, que deu seu testemunho como integrante do núcleo de quatro magistrados que deu o pontapé inicial ao programa através da concepção e criação da Cartilha do Trabalhador. “Gostaria de alertar aos educadores aqui presentes que se vocês pensam que vão aplicar este programa nas suas escolas este ano e depois vão se livrar dele, estão enganados. Embora eu não esteja mais na coordenação, nunca perdi o contato com o TJC. É um vírus bom, um vírus que não tem cura”, disse o magistrado.

 

“A experiência que eu tive é que os professores que no começo ficam mais ressabiados são justamente os que mais se entusiasmam no final. O programa tem essa qualidade de ser absolutamente informal, o professor é livre para aplicá-lo da maneira que entender”, observou ainda o desembargador.

 

A aplicação em sala de aula foi uma das maiores preocupações da coordenadora Regional do TJC, a juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Salvador, juíza Soraya Gesteira. “A primeira pergunta que os professores fazem é como aplicar o conteúdo de Direito do trabalho em sua disciplina. Para isso trouxemos uma lista de sugestões que vão auxiliá-los, mas o objetivo é fazer com que esta lista seja ampliada pela criatividade dos próprios professores”.

 

Coube à palestrante Rosemeire Fernandes, juíza titular da Vara do Trabalho de Itapetinga e integrante da Comissão Nacional do TJC, a tarefa de explicar aos diretores e coordenadores de escolas o programa em suas cinco fases de aplicação (sensibilização, capacitação, encontros tira-dúvidas, visitas dos estudantes ao Fórum e culminância). “O objetivo não é somente dar ao estudante noções básicas da legislação trabalhista, mas garantir o acesso à Justiça a partir da identificação das lesões aos seus direitos”, explicou. O sucesso deste programa se explica justamente pelo fato de que ele leva a realidade do aluno para dentro da sala de aula”.

 

Para a coordenadora pedagógica  Maria Madalena Lima Silva, do Colégio Estadual Cleriston Andrade,  o conteúdo do TJC abre portas para os professores do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). “Alguns colegas têm dificuldade na aplicação da disciplina Artes Laborais, mas eu estou vendo que todo o conteúdo que precisamos está aqui”, declarou a educadora.

 

Fonte: Amatra 5 - 02.09.2010
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