Dia da Mulher: vencendo desafios com orgulho

 

 

 

Há muito tempo as mulheres vêm ampliando as suas presenças nas carreiras jurídicas e hoje é inegável a participação delas em cargos de destaque no TRT da 5ª Região. A mesa diretora do Tribunal é formada em sua maioria por mulheres, com as desembargadoras Ana Lúcia Bezerra, Vânia Chaves e Delza Karr nos cargos de presidente da Corte, Corregedora e vice-Corregedora, respectivamente. Também é uma mulher, a juíza Viviane Leite, que ocupa a presidência da Associação dos Magistrados da justiça do Trabalho.
Todos esses exemplos, vistos de longe, bastariam para confirmar a fibra de mulheres que conquistaram o seu espaço e ajudam a derrubar o preconceito. Detalhamos, a seguir, as histórias de quatro personalidades que nos revelam como é o jeito feminino de enfrentar as adversidades.

 

Carreira de magistrada sem preconceitos
Delza Karr, desembargadora

 

Embora não tenha enfrentado diretamente preconceitos com o fato de ser mulher, a desembargadora Delza Karr, vice-Corregedora do TRT5, reconhece que em todas as carreiras ainda existe a discriminação contra a mulher, apesar dos avanços e das conquistas. Ela própria, que entrou no TRT5, em 1975, como assessora de juiz, e, em 1982, como juíza substituta, lembra de como o papel da mulher mudou no mercado de trabalho. "Hoje a mulher se destaca em todas as áreas, como advogada, médica, e até na política, como vereadora, deputada e senadora, só falta conquistarmos a cadeira da presidência da República", comenta a desembargadora.

 

Para a magistrada, a vida apresentou muitos desafios, mas os mais importantes foram a aprovação no concurso para juiz substituto e, o maior de todos, a maternidade. "Sem dúvida, a maternidade é a maior realização de uma mulher", avalia ela, que tem uma filha e contabiliza mais de 25 anos julgando processos trabalhistas. "Quando entrei no TRT5, a maioria dos juízes era de homens - o que não acontece mais hoje", comenta. Ela lembra que, ao atuar como juíza substituta no município de Estância, em Sergipe, ficou muito confiante pelo reconhecimento que as partes demonstraram em relação ao seu trabalho.


 

A mil por hora
Cátia Cristina Soares, oficial de justiça


Desde as seis horas da manhã de pé, pronta para entregar mandados judiciais. Não para nem para o almoço: leva a jornada de trabalho até as 16 horas e, após tantas andanças, dá conta de uma casa, quatro filhos - os gêmeos de dois anos e dois adolescentes de 15 e 18 - e ainda frequenta a Faculdade de Gastronomia. Parece filme, mas é a rotina diária da oficial de justiça do TRT5 Cátia Cristina Soares.

 

Servidora do Tribunal desde 1996, Cátia explica como as circunstâncias foram ajudando na administração de suas várias atribuições. "A creche do meu primeiro filho ficava bem próxima do Tribunal, facilitando minha vida, porque muitas vezes eu ia lá amamentá-lo e depois voltava para o trabalho". Para ela, o fato de poder trabalhar em horários flexíveis facilita a atribulada vida de mulher e mãe.

 

Cátia conta que nunca teve problema por conta de seu gênero ao exercer o ofício. "Para a mulher é bem mais fácil do que para o homem. Nunca fui destratada. Meu trabalho é tudo para mim, porque eu faço o que gosto e, principalmente, porque o TRT5 se preocupa com o bem-estar do servidor, inclusive, com a oferta de cursos", conclui.

 


Um sonho alcançado

Leila Borges, Servidora

 

Após passar dois anos se dividindo entre estudar para concursos e advogar, a  servidora Leila Borges de Santana, lotada na 19ª Vara do Trabalho, em Salvador, conquistou uma das vagas do concurso que o TRT5 realizou em 2008, em uma disputa acirrada com cerca de 600 mil inscritos. E, como outras mulheres contemporâneas, não abre mão de buscar a estabilidade profissional e financeira.


Com a palavra "conquista", a nova servidora define a importância do Regional em sua vida. Leila conta que deixou de ingressar em um curso de mestrado e de trabalhar em importantes escritórios de advocacia por conta da dedicação que o alto nível que o concurso do TRT5 exigia. "Em agosto, quando cheguei, a juíza titular disse que aqui era uma família. Sinto-me realizada", conclui a jovem, que já está fazendo pós-graduação em Direiito Constitucional, na Escola Judicial do TRT5.

 

 


Jornada tripla e a busca de um sonho
Josenilda Santos, funcionária terceirizada


A jovem Josenilda Santos, atendente do Help Desk da SI Atende, engrossa as estatísticas do IBGE que demonstram que é a população feminina que puxa para cima os índices de escolaridade no Brasil. Há quase três anos, a funcionária terceirizada do TRT5 viu no telemarketing a oportunidade de viabilizar seu maior desejo: ser psicóloga.

 

Josenilda não conseguiu cursar Psicologia, mas realizou o sonho de entrar para a faculdade. Ela está estudando Gestão de Recursos Humanos, curso com o qual também se identifica bastante e que se assemelha ao trabalho desenvolvido pelo psicólogo organizacional. Com isso, ela passou a aplicar seu conhecimento acadêmico no tratamento dado aos clientes, humanizando mais o atendimento. "Às vezes, até por conta dos procedimentos, a ligação fica um pouco mecanizada, mas tento envolver o cliente para que ele não pense que está falando com um robô".

 

A estudante também representa bem a jovem mulher brasileira: quer sempre mais e vai à luta, assumindo a tripla jornada. Há oito meses, durante a manhã, atua como estagiária da área de recursos humanos da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CDP), também no TRT5. Quando a noite cai, ela corre para a faculdade. "Trabalhar no Tribunal para mim foi uma benção, porque aqui consegui realizar meu sonho". E o sonho não termina aí: ela já faz planos para uma outra graduação, a de psicologia.

 


Ascom TRT5- 05.03.2010
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