Entrevista com o Leiloeiro Arthur Ferreira Nunes

 

Quais são as suas expectativas para o Megaleilão do Tribunal a ser realizado na Capital nos dias 10 e 11 de abril?

 

Minhas expectativas para o 1° MegaLeilão são as melhores possíveis. Estamos realizando um trabalho sério e com muito profissionalismo que deverá dar um bom resultado. Tivemos dificuldades na implantação, o que é normal, mas fomos resolvendo dentro do possível todas elas. Este leilão deverá ser repleto de êxito. Antes mesmo de sua realização, estamos com um número crescente de acordos e tentativas de conciliação. Quando as partes vêem uma possibilidade real de perderem seus bens penhorados, estas se preocupam e correm para tentar resolver processos por muitas vezes parados por anos.

 

Qual a sua formação (cursos, experiências, etc)?


Tenho uma formação generalista. Fui aluno de Medicina e de Direito, curso que pretendo terminar o mais breve possível. Sou filho de pai e mãe Bacharéis em Direito e praticamente "nasci" dentro do meio Jurídico.

 

Qual a sua experiência na área de leilões?

 

O Projeto Leiloar nasceu de uma experiência vitoriosa na Paraíba, o Projeto Arrematar, onde meu irmão era o leiloeiro  e do qual participei ativamente. Hoje, os leilões unificados são uma tendência em todo o Brasil, com diversos regionais da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal realizando estes  eventos com resultados muito expressivos. O leilão é um recurso extremo, em que a Justiça mostra sua força, obrigando reclamados, expropriando bens, para sanar direitos trabalhistas que de outra forma não encontrariam efetividade.

 


Qual a diferença do leiloeiro num leilão comum e num projeto como o Leiloar?

 

A diferença é enorme. Um leilão comum leva poucos dias de preparativos e tudo termina em uma manhã ou tarde. Num megaevento levam-se quase seis meses de preparativos, com uma equipe efetiva de cerca de 30 pessoas. A propaganda é massificada, já que os recursos são canalizados para um único evento. A participação popular será com certeza muito maior. Amplia-se o leque de público, fugindo-se dos arrematantes profissionais.

 


E que diferenças observa na realização de megaleilões entre um regional e outro? O modelo usado no "Arrematar" sofreu alguma adaptação para sua implantação na Bahia?

 

Cada estado possui características próprias, culturais e até mesmo de renda da população. A Bahia como 3º. maior Regional do País, com certeza mostrará sua força neste megaleilão. Aqui o Projeto Leiloar teve forte influência do projeto Paraibano, mas foi todo adaptado à nossa realidade, que é muito diferente da paraibana. Na Paraíba, por exemplo, não existe a figura do Depositário Judicial. Por outro lado, aqui tudo é macro. Uma página de Jornal na Paraíba custa R$ 800 enquanto na Bahia chega a custar quase R$ 18 mil.