Justiça do Trabalho realiza primeira aula via internet em nível nacional

As primeiras aulas pela internet em nível nacional da história da Justiça Trabalhista brasileira aconteceram sexta-feira passada (dia 1º), durante as videoconferências dos cursos à distância de ¿Deontologia Jurídica¿ e ¿Temas Atuais de Direito e Processo do Trabalho¿, promovidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat). Usando um microcomputador e uma webcam, os ministros Ives Gandra Silva Martins e Maria Cristina Peduzzi, professores-tutores de cada uma das disciplinas, deram aula, da sede da Escola, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, para os alunos, juízes do trabalho espalhados por quase todo o País, inscritos em cada curso.

 

O ministro Ives, diretor da Enamat, classificou a experiência de ¿sensacional¿. Ele contou que a interação com os alunos, por meio de um chat aberto na tela de seu micro e na dos juízes, foi bastante produtiva e fácil. Na próxima vídeo-aula de sua matéria, que será na quarta-feira (dia 6), das 15h às 16h30, haverá pequenas modificações como o estabelecimento de regras quanto ao envio das perguntas pelos alunos.

 

Dos 25 alunos inscritos em ¿Deontologia Jurídica¿, 16 participaram da primeira videoconferência. Já a ministra Maria Cristina se disse ¿impressionada¿ com o dinamismo da experiência. Segundo ela, os alunos têm se mostrado ¿entusiasmadíssimos¿ em todos os momentos, participando ativamente do fórum de discussão de sua matéria ao longo da semana. Cristina afirma que eles vêm mostrando grande interação entre si e com os professores-tutores, ¿com o objetivo visível de melhorar a prestação jurisdicional, ao ouvir as opiniões uns dos outros e debater os temas jurídicos, aceitando os argumentos contrários às suas opiniões ou rebatendo-os¿. Na primeira videoconferência, 20 dos 25 alunos de ¿Temas Atuais¿ participaram. Alguns tiveram problemas técnicos e não conseguiram conexão.

 

Compartilhamento - Os magistrados inscritos nos dois primeiros cursos de ensino à distância realizados pela Enamat debateram com os professores-tutores as questões mais polêmicas de suas disciplinas, tendo suas dúvidas elucidadas por eles. Para isso os alunos acompanharam o que foi falado por cada um dos professores-tutores (que usaram webcam), e o que foi mostrado por eles em seus micros, numa espécie de acesso remoto compartilhado da tela do micro dos professores.

 

O dia de ontem (04/12) foi previsto para que os alunos baixassem da página da Escola na internet (www.enamat.gov.br) o módulo de cada disciplina que começará a ser estudado agora. Isso porque, além de usar o chat e videoconferência, os alunos participam com os professores, durante a semana, de fóruns de discussão sobre os textos baixados às segundas-feiras, e o discutem entre si e com o professor-tutor de cada curso, no fórum. Neste sistema, a qualquer momento é possível postar uma mensagem que será acessada e respondida por outros alunos e pelos professores, num ambiente de colaboração e compartilhamento de informações.

 

As 25 vagas para cada um dos cursos foram preenchidas em apenas quatro dias por juízes do trabalho de 12 regiões (SP, MG, RS, BA, PA, AM, GO, Campinas/SP, ES, RN, MT, MS) e a procura superou em muito o número de vagas. A previsão é que ano que vem novos cursos à distância sejam promovidos pela Enamat. Os cursos, que começaram dia 24 de novembro, têm término previsto para o dia 19 de janeiro, respeitando o recesso forense entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro. Ambos serão finalizados com um trabalho escrito. (Fonte: Matéria adaptada da Enamat)