Bancária aposentada procura Banco do Brasil e fecha acordo na Semana de Conciliação

Neuma Almeida, bancária aposentada, resolveu solucionar o processo dela e procurou o Banco do Brasil para ter a demanda incluída na XII Semana Nacional de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA), e, na manhã desta quinta-feira (30/11), fechou um acordo com o banco.

O advogado da instituição financeira, Tárcio Novais, revela que a ex-funcionária tomou a iniciativa. "Ela ligou para a gente e demonstrou interesse por um acordo. A gente fica feliz com a solução e ela também sai satisfeita". A advogada da reclamante ressalta o lado positivo do evento promovido pelo TRT5-BA e CNJ: "A semana de conciliação é interessante porque o processo gera um desgaste para as partes. A possibilidade de ter um juiz ou um conciliador intervindo tornam as coisas mais fáceis de resolver".

Outras audiências do banco aconteceram no mesmo dia, a que envolvia o Sindicato dos Bancários da Bahia ainda não logrou êxito, uma vez que, para o diretor jurídico, Fábio Ledo, a proposta apresentada não era razoável para os bancários: “O sindicato continua aberto à negociação para que a gente possa resolver esse processo de forma negocial”. Apesar disto, 19 sindicalizados optaram por firmar o acordo, como foi o caso da bancária Ana Patrícia: "Pra mim, neste momento, é mais interessante fechar esse acordo agora, do que requerer aquilo que eu realmente teria direito se eu esperasse. Em função da minha situação de vida, pra mim, receber o dinheiro agora é mais interessante", diz.

O juiz Murilo Carvalho Sampaio de Oliveira, da 13ª Vara do Trabalho de Salvador,  ressaltou que a Justiça do  Trabalho está sempre aberta para realizar a conciliação, que  é importante respeitar a individualidade dos que querem firmar o acordo e dos que não querem.

A Semana Nacional de Conciliação no TRT5 acontece nas varas do trabalho, na Coordenadoria de Execução e Expropriação e no Juízo de Conciliação de 2ª Instância (JC2). Servidores atuam como mediadores e multiplicadores na 2ª instância. Lá funcionam quatro mesas de mediação com servidores treinados pela Escola Judicial com técnicas e conhecimentos teóricos sobre o papel da conciliação na Justiça do Trabalho. “Eles tentam, por essas técnicas, aproximar as partes e construir propostas conciliatórias. Somente em uma sala, estão ocorrendo simultaneamente quatro mesas de audiências e o juiz fica coordenando todas elas. O juiz sozinho nunca conseguiria fazer quatro audiências simultâneas e nem teria tamanha proximidade como tem um mediador”, afirma o magistrado. “Tanto o Judiciário quanto a sociedade querem por fim aos processos. A conciliação é sempre a melhor saída porque o resultado do processo é dado pelas próprias partes”, completa.

Secom TRT5 – 1º/12/2017