Caminhada contra o trabalho escravo mobiliza Salvador com presença do TRT-BA

Pessoas andam pela rua e carregam faixas e bandeiras. A principal faixa diz: Diga não ao Trabalho Escravo


 O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) participou, na última terça-feira (28/1), de uma caminhada organizada pela Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae). O evento marcou o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A mobilização ocorreu à tarde, no Corredor da Vitória, e seguiu até o Largo do Campo Grande, em Salvador.

O TRT-BA foi representado pela juíza Manuela Hermes, gestora regional do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo na Bahia e conselheira do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Também participaram as juízas Dilza Crispina e Silvia Isabelle, responsáveis, respectivamente, pelos Programas de Equidade, Raça, Gênero e Diversidade e pelo Programa Trabalho Seguro.

 

Três mulheres, juízas do TRT, posam para foto no Largo do Campo Grande durante a manifestação
Juízas do TRT-BA participam do ato de combate ao Trabalho Escravo

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo relembra a Chacina de Unaí, ocorrida em Minas Gerais, em 2004. Na ocasião, funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados durante uma fiscalização em fazendas da região. Para a juíza Manuela Hermes, a caminhada convida a sociedade a refletir e atuar na erradicação do trabalho escravo contemporâneo. "Entendemos que, apenas com esforços coletivos e sensibilização, conseguiremos construir uma sociedade mais justa e com igualdade de oportunidades para todos", afirma, reforçando que o combate ao trabalho escravo contemporâneo é um compromisso da Justiça do Trabalho.

Evento

Antes da caminhada, houve uma oficina para confecção de cartazes. Às 17h, os participantes seguiram até o Largo do Campo Grande, onde ocorreram discursos de representantes das instituições envolvidas e apresentações culturais.

Combater para erradicar

Em 2024, 1.684 trabalhadores foram resgatados no Brasil em condições análogas à escravidão. O número é menor que nos dois anos anteriores: 3.238 em 2023 e 2.507 em 2022, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar da redução, os desafios na proteção dos direitos persistem. Na Bahia, entre 2021 e 2023, foram registrados 60 casos, com 270 trabalhadores resgatados.

Secom TRT-BA (Fabricio Ferrarez) - 29/1/2025