Cejusc do TRT5-BA amplia atendimento e já conta com 12 varas participantes

Após completar dois meses de sua implantação, o Cejusc (Centro de Conciliação da Justiça do Trabalho) ganha a adesão de mais sete Varas do Trabalho de Salvador. São elas: 16ª, 19ª, 21ª, 22ª, 26ª, 28ª e a 31ª. Agora o Centro conta com a participação de 12 unidades. A ampliação se dá também com o número de audiências, que passarão de uma média de 20 para 30 por dia.


Nos dois primeiros meses de funcionamento, período em que a unidade recebeu processos das 1ª, 5ª, 12ª, 23ª e 32ª Varas do Trabalho de Salvador, o Cejusc fechou 137 acordos, totalizando mais de R$ 2 milhões em pagamentos.


A coordenadora do Cejusc, juíza Dorotéia Azevedo, afirma que a proposta é aumentar o número de varas vinculadas gradativamente “Nossa meta é de que até dezembro todas as 39 Varas do Trabalho de Salvador estejam participando, para isso precisamos funcionar com a estrutura de pessoal completa. O Cejusc tem dois meses de funcionamento e está numa fase de projeto-piloto. Faremos isso progressivamente”, afirma a magistrada.


O diretor da 16ª Vara do Trabalho de Salvador, Denilson de Carvalho Mendes, vê com entusiasmo a adesão de sua unidade ao novo centro: “acredito que essa dedicação (em conciliar) vai trazer um impacto positivo não só para a 16ª Vara, mas para o Tribunal como um todo(…) Esse auxílio trazido vai contribuir para o desafogar do trabalho na secretaria, uma vez que vamos ter um centro especializado na solução de conflitos que vai poder se dedicar nas demandas que necessitam de maior tempo para se conquistar a conciliação”.


Funcionando no andar térreo do Fórum do Comércio, o Cejusc possui oito salas de conciliação e tem capacidade para atender quatro mil pessoas e realizar mil audiências por mês. A juíza Dorotéia Azevedo vê o ambiente como apenas um dos pontos fortes: “o espaço contribui por ser diferente de um ambiente de processos: ali buscamos apaziguar, mas o mais importante é a capacitação do pessoal. As pessoas que trabalham no Cejusc estudam e praticam o processo de mediação: é uma técnica aplicada”, conclui.


Mutirões – O Centro também está realizando mutirões. Eles funcionam a pedido dos advogados que chegam com uma listagem de processos, normalmente contra a mesma Reclamada, solicitando o encaminhamento ao Cejusc. Sobre os mutirões, a juíza comenta que é um facilitador: “Facilita para os advogados e para as varas. É importante falar que o Cejusc foi criado para ajudar. Conclamo os advogados e as Varas do Trabalho a usarem nossos serviços. O índice de satisfação quando se resolve com acordo é muito maior”. Neste caso o Cejusc pode solicitar os processos, mesmo que para as varas não participantes, para a realização do mutirão. A prática foi autorizada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de solução de Disputas (Nupemec).

 

Secom TRT5 (Fabricio Ferrarez) - 14/8/2018