Dia do Estudante de Direito: conheça os sonhos e expectativas dos jovens que frequentam o TRT5

Beatriz Isabele, estudante do nono semestre de Direito

Artigos, audiências, livros, visitas técnicas a tribunais, inclusive ao Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), a delegacias, a presídios e a assembleias legislativas, estudos, estágios e mais estudo: assim é a rotina de um estudante de Direito, por pelo menos cinco anos (dez semestres), tempo de conclusão do curso.

Celebrado no dia 19 de maio, o Dia do Estudante de Direito homenageia o esforço e a dedicação daqueles que se preparam para exercer profissões relacionadas à defesa da Justiça, sejam advogados, juízes ou desembargadores. As leis, artigos, siglas e jargões do meio jurídico passam a fazer parte da rotina desses estudantes e usá-las exige deles muita leitura e capacidade de concentração. Além disso, uma boa parte da grade curricular é formada também  por matérias de Humanas como Sociologia, Filosofia e Antropologia.

Observando a rotina da sua tia, que é promotora de Justiça, Beatriz Isabele, 23 anos, despertou nela, ainda na época da escola, o desejo de ingressar no mundo jurídico. “Presenciando aquele trabalho, me apaixonei pelo Direito. Eu via nela o esforço para garantir o direito de outra pessoa e achava aquilo incrível. Hoje, estou quase me formando e a cada dia tenho mais a certeza de que escolhi algo que quero fazer pelo resto da minha vida”, conta a estudante que cursa o nono semestre na Universidade Católica de Salvador (Ucsal).

Com pretensão de atuar na área cível e tendo como outra possibilidade fazer um concurso para atuar como promotora, ela afirma ver na profissão uma oportunidade de fazer Justiça. “No mundo que vivemos hoje, presenciamos muitas injustiças. Bons profissionais podem trazer isso, até no âmbito político. O direito é uma forma de garantir que todos tenham um tratamento igual e de forma justa”.

Jéssica Matos, estudante do sétimo semestre de Direito

Aos 28 anos, e faltando três semestres para concluir o curso, a estudante Jéssica Matos, do quinto semestre de Direito da Estácio de Sá, já se sente realizada. A jovem, que pretende atuar na área criminal, conta que durante a graduação descobriu que tinha nascido para advogar. “Cursar Direito inicialmente foi uma escolha do meu pai, mas hoje é uma escolha minha. Durante o curso descobri um mundo que eu não conhecia e me apaixonei. Agora vejo o Direito com outros olhos. Direito para mim é justiça e eu tenho essa sede de justiça dentro de mim. É uma realização pessoal. Literalmente, eu me encontrei”.

Carlos Júnior, estudante do sétimo semestre de Direito


Outro estudante, também do sétimo semestre da Estácio, que acompanha as audiências nas turmas do TRT5 é Carlos Júnior, 24 anos. Ele revela que a carreira jurídica era um sonho de infância: “Sempre gostei e deixei claro a minha família que tinha muita vontade de estudar Direito e agora estou em busca da realização desse sonho. Ainda não tenho uma área específica que pretendo atuar, mas sou dividido entre a área trabalhista e a criminal”.

Felipe Matheus, estudante do sétimo semestre de Direito e estagiário do Tribunal


ESTÁGIO NO TRT –  Além de receber os estudantes de Direito que desejam acompanhar as audiências, o TRT5 também ajuda na formação de profissionais através do programa de estágio: é o caso de Felipe Matheus, de 21 anos. Ele revela que, apesar de ter sempre gostado e se identificado com o Direito, essa não era a sua primeira opção. Seu desejo era cursar História. Aconselhado pelo pai e graças a uma bolsa de estudos que conseguiu na Universo, Felipe, que há mais de um ano é estagiário do TRT5, classifica o Direito como indispensável.

“A sociedade sem Direito não existe. A maioria das relações são jurídicas. Se não tivéssemos o Direito para regular o mundo seria uma baderna. O estado precisa intervir para regular as relações entre os indivíduos da sociedade, e o Direito atua, ajudando nessa relação, de gerir conflitos”, ressaltou o aluno do nono período.

Para ingressar como estagiário Felipe mostrou sua dedicação. Em 2018, ao saber num grupo de Whatsapp que o Tribunal estava com um concurso aberto para estagiários, resolveu se inscrever e participar do processo seletivo. O estudante tinha a consciência de que quase metade dos assuntos do edital ainda não tinham sido trabalhados em aula, mas aproveitou as férias para estudar, fez a prova e foi aprovado.

“Levarei muitas experiências deste Tribunal para minha carreira. Aqui eu pude colocar em prática muita coisa que aprendi na teoria. Como pretendo atuar na área trabalhista, estar desse outro lado, na Justiça, é de grande importância. Eu já tenho uma noção melhor dos caminhos que tenho que seguir, de como me portar e até das coisas que tenho que falar. Minha rotina no Tribunal contribui muito para o meu futuro”, relata.


Secom TRT5 (Caíque Carvalho, sob supervisão e fotos de Fabricio Ferrarez) – 17/5/2019