Estudantes de escola pública visitam TRT-5 e recebem orientações sobre combate ao trabalho infantil

Juízas e servidores do TRT-5 com o grupo de estudantes em foto na entrada do TRT-5

A manhã desta quarta (8/6) foi de um aprendizado diferente para alunos da Escola Estadual Góes Calmon, localizada no bairro de Brotas, em Salvador. Longe da sala de aula, um grupo de estudantes visitou a sede do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), em Nazaré, e aprendeu de forma prática sobre o funcionamento da Justiça do Trabalho e as relações trabalhistas. A atividade faz parte das ações programadas para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12/6).

No começo da manhã, os alunos foram orientados pelas juízas Viviane Martins, gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho na Bahia, e Adriana Manta, diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Amatra-5), em uma visita guiada ao Tribunal Pleno, à galeria de ex-presidentes e ex-corregedores e às salas das Turmas, onde entenderam como são julgados os processos. O Cerimonial do Tribunal deu apoio na recepção dos jovens. 

Juízas falam aos jovens na Escola Judicial

Depois, os estudantes se dirigiram à sede da Escola Judicial, e lá assistiram ao vídeo  “Odò Pupa , lugar de resistência” que fala sobre a realidade de jovens em Salvador. As magistradas mostraram o cata-vento,  símbolo das mobilizações contra o trabalho infantil no mundo.

Para a juíza Viviane Martins, é necessário um esforço conjunto, não só da Justiça do Trabalho, mas também da sociedade e das famílias, para continuarem esse movimento positivo de combater o trabalho infantil. Segundo a gestora, esse enfrentamento “é uma necessidade de todas e de todos nós. Exige política pública, investimento em educação, respeito a direitos, e também conscientização de cada pessoa”.

A magistrada explicou que o trabalho não pode ser o destino de crianças e adolescentes e muito menos deve ser visto como a solução para a pobreza: “o trabalho infantil mata, acidenta e é causa e consequência da pobreza”, afirmou.

Já a juíza Adriana Manta disse enxergar o diálogo com esses jovens como uma possibilidade de transformação social: "Aqui eu vi adolescentes que já fazem uma diferença grande para o mundo e para aqueles que estão ao seu redor identificando as suas potencialidades e percebendo o quanto eles podem contribuir para a sociedade".

Os estudantes assistem apresentação do artista Boni Sobrinho

Os estudantes participaram ainda de uma palestra chamada “O que será o amanhã? Uma conversa sobre vida, trabalho e futuro ”, ministrada pelo psicólogo, mestre em Psicologia Social e do Trabalho e artista, Boni Sobrinho.

Projeto

O projeto é uma parceria entre o Regional baiano, a Amatra-5 e o Colégio Estadual Góes Calmon para introduzir temas sobre Justiça, cidadania e direitos da criança e do adolescente.

A aluna Beatriz Santiago, do 1º ano do ensino médio, disse que a visita serve para que eles possam conhecer novos lugares: “Acho importante falar sobre o combate ao trabalho infantil, porque é um assunto que a gente não fala, e nem sempre temos essa comunicação”. A estudante enxerga como danoso e como uma exploração o trabalho de crianças e de adolescentes.

Secom TRT-5 (Fabricio Ferrarez) – 9/6/2022