A estudante Tarsila Silva Lima, do Colégio Estadual Ruy Barbosa, vencedora do Concurso de Redação do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA), recebeu o seu prêmio, um notebook, das mãos da presidente do TRT5, desembargadora Maria de Lourdes Linhares, na tarde desta terça-feira (3/9), no Gabinete da Presidência. Já os segundo e terceiro colocados, respectivamente, Gabriel do Anjos Nascimento e Anne Karoline Carvalho Sampaio, da Escola Clariezer Vicente dos Anjos, ganharam um tablet, cada um, nesta quarta (4) na cidade de Miguel Calmon, onde a instituição funciona (foto abaixo).
O “Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem” foi o tema do concurso, que teve 54 estudantes inscritos. As duas escolas participantes são integrantes do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania da Justiça do Trabalho, promovido pelo TRT5 e pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Amatra5).
Em Salvador a entrega dos prêmois contou com a presença de membros da comissão julgadora do concurso, a juíza Dorotéia de Azevedo, auxiliar da Presidência e gestora regional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, além de ser também a representante titular do Regional no Comitê Gestor da Agenda Bahia do Trabalho Decente; e o juiz Agenor Calazans, titular da 25ª Vara do Trabalho de Salvador e gestor regional suplente do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem. Também compareceram familiares e professores de Tarsila.
Já em Miguel Calmon houve uma reunião na Escola Clariezer dos Anjos, com a participação de vários alunos e professores, do prefeito José Ricardo Requião e da secretária municipal de Educação, Cristiane dos Anjos. Na oportunidade a diretora e a coordenadora pedagógica da unidade, Sirlene Liberato e Luciclécia Soares, enfatizaram a importância do quadro docente para o engajamento do alunado nas atividades de integração social que a instituição desenvolve.
PRIMEIRO LUGAR — Tarsila Silva Lima, 14 anos, mora no bairro do Calabetão e é aluna do 9º ano do Ruy Barbosa. Segundo ela, a sua redação “Mentes brilhantes sufocadas pelo trabalho precoce” exigiu alguns dias de pesquisa intensa, inclusive em sites especializados, e a escrita contou com a orientação da professora de língua portuguesa Katheryne Faleta Rigaud. A estudante pensa em trabalhar com cinema “ou outras profissões que usem tecnologia e arte”, e usará o notebbok para estudar mais.
As professoras Katheryne e Daniela Vieira, de Comunicação e Tecnologia do Ruy Barbosa, dizem que apesar da falta de verbas, o colégio tem boas práticas, com aulas em tempo integral, das 7h às 15h30, ensinando, além do currículo convencional, matérias que complementam as básicas. As educadoras buscam também estimular a produção textual dos alunos.
Embora não se considere estudiosa, Tarsila é tida pelas professoras como uma aluna concentrada, que faz perguntas e muito participante. Para as educadoras, o fato de ela ter vencido talvez estimule outros jovens a enxergar que podem alcançar seus objetivos, mesmo que ouçam o contrário.
Secom TRT 5 (Fabricio Ferrarez) – 5/9/2019