Greve de vigilantes vai a julgamento no TRT no dia 23 de março, mas conciliação pode acontecer antes

Ficou agendado para o dia 23 de março, às 16h30, o julgamento, no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), do dissídio coletivo da greve dos vigilantes. O movimento foi deflagrado no dia 10 de março, e, na manhã desta sexta (13/3), em audiência de conciliação promovida no TRT5, a presidente da instituição, desembargadora Dalila Andrade, encaminhou uma proposta às entidades sindicais, mas patrões e empregados não chegaram a um consenso.

A presidente também colocou o Centro de Conciliação de 2º grau (Cejusc-2) do Tribunal à disposição para a busca de um acordo, e um encontro informal entre as partes acontecerá na próxima segunda (16/3), às 11h, no Tribunal.

Durante a audiência desta sexta, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do estado da Bahia ofereceu um reajuste de 1,5% nos salários, alegando tentativa de manutenção dos postos de trabalho no cenário de crise. Já os sindicatos dos vigilantes entenderam que o valor oferecido não recompõe as perdas salariais do período em questão (2018 e 2019).

Os vigilantes manterão o movimento, mas terão que respeitar liminar proferida pela presidente do Tribunal, que garante o atendimento, ainda que parcial, dos serviços à população. A decisão estabelece 50% de funcionamento para vigilantes que atuam em atividades essenciais, como bancos e INSS, e de 30% para as demais áreas.

A magistrada examinou ainda embargos de declaração à liminar e decidiu que as manifestações do movimento grevista deverão respeitar uma distância mínima de 10 metros da entrada de cada estabelecimento, garantindo assim o direito de ir e vir das pessoas.

 

Secom TRT5 (Fabricio Ferrarez, com foto de Sandro Chagas e Renata Carvalho) – 13/3/2020