Juízas do TRT5 falam sobre trabalho infantil e cidadania no Colégio Estadual Góes Calmon

As duas juízas e mais duas mulheres em pé segurando os kits distribuídos no colégio

O Colégio Estadual Goes Calmon, localizado em Brotas, Salvador, começou o dia letivo da última quarta-feira (7/10) discutindo temas como trabalho infantil, cidadania e projeto de vida com duas juízas do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5). Aproximadamente 80 estudantes, do 2º e 3º anos (com idades entre 15 e 18 anos) também receberam kits de volta às aulas, com uma sacola, máscara de proteção facial e mensagens informativas.

As juízas Viviane Martins, gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho no TRT5, e Adriana Manta, diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5a Região (Amatra5), enfocaram também, na apresentação, o mundo do trabalho e a aprendizagem como forma de ingresso qualificado e protegido no mercado de trabalho.

As duas juízas do TRT5 conversam com alunosOs estudantes aproveitaram para tirar dúvidas sobre estágio e aprendizagem e compartilharam experiências pessoais. Uma jovem relatou que sua amiga recebeu um pedido da empresa em que estagiava para que alisasse seus cabelos crespos, o que abriu o debate sobre racismo. Outro estudante questionou sobre fornecimento de equipamentos de proteção individual, o que direcionou a conversa para deveres e responsabilidades relativos à saúde e à segurança no ambiente de trabalho.

Segundo as magistradas, o evento é uma oportunidade de aumentar a aproximação da Justiça do Trabalho com a sociedade. Para a juíza Viviane Martins o diálogo com os alunos “enriquece a experiência de quem participa do encontro e fortalece o empoderamento de jovens como sujeitos de direitos, como reconhecido pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”. A juíza Adriana Manta afirmou que o diálogo contribui com a formação cidadã dos jovens “através do compartilhamento de informações qualificadas”. Para ela, esse diálogo “é dever de todos os que acreditam na educação como meio de transformação da realidade pessoal e social”.

A visita também foi elogiada pela equipe do Colégio. A diretora Lúcia Graciete Fraga de Brito, a coordenadora Safira Lima Guimarães e a professora Adriana Mastrolorenzo ressaltaram a importância de conversas e encontros dessa natureza para fortalecimento da autoestima de jovens e adolescentes.

Secom TRT5 (Fabricio Ferrarez) – 8/10/2021