O PJe trará nova versão com um módulo do projeto Gemini, que tem participação do TRT5

Um módulo do projeto Gemini, ferramenta desenvolvida com a ajuda do TRT da Bahia que tem como proposta utilizar a inteligência artificial para dar mais celeridade aos processos, está entre as novas funcionalidades da versão 2.6 do Processo Judicial Eletrônico (PJe) que será lança em dezembro nos tribunais-piloto e nos meses de janeiro e fevereiro nos demais Tribunais. O anúncio foi feito durante a última reunião telepresencial do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), realizada no dia 21 de outubro.

O projeto Gemini utiliza a inteligência artificial para agrupar documentos de processos no 2º grau por similaridade de temas e, assim, otimizar os trabalhos. A finalidade é auxiliar na elaboração de votos e na distribuição de processos por matéria nos Gabinetes. O sistema também está sendo utilizado para otimizar o trabalho nos Recursos de Revista.

O investimento em inovação tecnológica e a modernização de processos de trabalho foram compromissos firmados pela presidente do Regional baiano, desembargadora Dalila Andrade. A criação do Gemini tem como gestor nacional o juiz auxiliar da Presidência do TRT5-BA, Firmo Leal Neto,  e a participação do servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) Raphael Souza de Oliveira em uma equipe de trabalho que foi premiada no Hackathon Inova – maratona de desenvolvimento voltada à inovação da Justiça do Trabalho, realizada no ano passado em em Santa Catarina.

Para o magistrado Firmo Leal, o Gemini é um dos projetos mais promissores da Justiça do Trabalho. “A criação de um algoritmo específico para reconhecimento dos vocábulos normalmente utilizado no processo trabalhista traz um potencial imenso para extensão do sistema para utilização em outras áreas além daquelas para os quais foi inicialmente concebido", pontuou o juiz. Ainda segundo o gestor nacional do projeto, “a motivação para criação de uma ferramenta que utiliza a inteligência artificial para otimizar o trabalho surgiu com a análise dos desafios mais comuns enfrentados por quem trabalha nessa área nos TRTs: como a carência de pessoal e a ausência de funcionalidade para a automação dos processos no PJe". O objetivo, destacou, é tornar todo o processo do trabalho judicial mais célere e ágil.

Secom TRT5 (Renata Carvalho) - 6/11/2020