Reflexões sobre gestão documental encerram evento sobre memória da JT na Bahia

A importância de normas para a gestão documental e a preservação da memória institucional da Justiça do Trabalho foram a tônica dos debates que encerraram, na tarde da última sexta-feira (27/4), o Simpósio Comemorativo dos 77 Anos da Justiça do Trabalho na Bahia e a reunião do Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho (Memojutra). Promovido pela Presidência e pela Escola Judicial no edifício-sede do TRT da Bahia, em Nazaré, o simpósio trouxe em sua última programação nomes como o da juíza do TRT de Minas Gerais e vice-presidente do Memojutra, Maria Cristina Diniz Caixeta, e o da historiadora Marcília Gama da Silva, servidora do TRT de Pernambuco, para um público composto por magistrados, servidores, profissionais e estudantes de história e arquivologia.

O presidente da Comissão Permanente de Documentação do TRT5, desembargador Esequias de Oliveira, abriu a programação mediando a palestra da juíza Maria Cristina Caixeta, que traçou a trajetória de todos os normativos já existentes sobre a destinação dos autos de processos findos na Justiça do Trabalho. A magistrada também destacou a necessidade de uma gestão documental mais eficaz para a preservação do que chamou de "massa documental qualificada", o que abrange não apenas os documentos históricos, mas todos aqueles que visem atender ao que prevê a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).

Já na última palestra do evento, a historiadora Marcília Gama da Silva apresentou a experiência do Memorial da Justiça do Trabalho, um espaço reservado à preservação da história do TRT6-PE, com exposição das etapas do processo de restauração e conservação de documentos pelo Núcleo de Gestão Documental e Memória do TRT6-PE. Marcília fez questão de registrar agradecimentos à Administração do TRT5-BA pela organização do evento, em especial ao desembargador Esequias de Oliveira  e ao chefe da Seção de Gestão Documental, Benedito José de Santana.

Nesta palestra, que contou com a mediação da juíza aposentada Gerúzia Amorim, houve ainda uma moção em memória ao desembargador Ronald Olivar de Amorim e Souza, que foi presidente do TRT baiano no biênio 1987/1989 e coordenador do Colégio de Presidentes e Corregedores de TRTs - Coleprecor (1986/1989).

VISITA TÉCNICA - A programação oficial do seminário foi encerrada com uma visita técnica ao acervo histórico da Fundação Casa de Jorge Amado – evento restrito aos participantes do Memojutra. O espaço, localizado no Pelourinho, centro histórico de Salvador, abriga todo o acervo dos escritores baianos Jorge Amado e Zélia Gattai, composto por documentos, fotografias, livros, adaptações e objetos relacionados.

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Secom TRT5 (Texto: Lázaro Britto - Fotos: Escola Judicial) - 30/4/2018