"Trabalho infantil não é brincadeira", alerta campanha da Justiça do Trabalho

A partir desta segunda-feira (4/6), os perfis do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia nas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e Google+) começam a divulgar as peças da nova campanha da Justiça do Trabalho contra o trabalho infantil, que este ano traz o slogan: "Não leve na brincadeira. Trabalho infantil é ilegal. Denuncie: Dique 100". A idealização é do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), juntamente com o Ministério Público do Trabalho (MPT). As peças foram criadas pela Audi Comunicação e têm apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap).

A versão nacional da campanha foi apresentada na reunião conjunta entre os Programas Trabalho Seguro e de Combate ao Trabalho Infantil, promovida na sede do TST, em Brasília, com os gestores nacionais e regionais. Entre os presentes estavam a corregedora regional do TRT5, desembargadora Dalila Andrade, e a juíza auxiliar da Presidência, juíza Doroteia Azevedo. Também participaram da reunião as ministras do TST: Kátia Arruda e Maria de Assis Calsing, coordenadora e vice-coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem;  Delaíde Miranda Arantes e Maria Helena Mallmann,  coordenadora e vice-coordenadora do Programa Trabalho Seguro, respectivamente.

 

A campanha usa elementos lúdicos, que lembram o universo infantil, em lugares onde não deveriam estar

DADOS - No Brasil, cerca de 2,7 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos de idade, se encontram em situação de trabalho irregular, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Por Domicílio (PNAD-2015), do IBGE. No mundo são 168 milhões, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por conta disso, a campanha possui uma mensagem clara respaldada por uma chamada que incentiva a reflexão e ajuda nas denúncias, caso essa chaga social seja identificada.

As peças da campanha são amparadas por imagens contraditórias: foram escolhidas cenas do cotidiano que configuram trabalho, mescladas com elementos de brinquedos representando que existem algumas coisas que não deveriam estar onde estão. A criança trabalhando é uma delas. De acordo com a ministra Kátia Arruda, a produção não trouxe ônus ao TST e ao CSJT. "Foi uma doação da Audi Comunicação com o apoio da Abap", ressaltou a ministra.

A campanha pode ser acessada no site http://www.naolevenabrincadeira.com.br.

Secom TRT5-BA (Lázaro Britto) – 04/06/2018 (Com informações do CSJT)