TRT5 aumenta produtividade e desenvolve ferramenta para otimizar home office em tempos de Covid-19

O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA) tem aumentado a produtividade mesmo diante da suspensão de prazos e da mudança para o regime prioritário de teletrabalho. É o que aponta o levantamento realizado pela Coordenadoria de Estatística e Pesquisa (Cestp) com base em dados do Processo Judicial Eletrônico (PJe) e do Sistema de Acompanhamento e Movimentação de Processos (Samp). Outra boa notícia é que o TRT5 passa a usar, a partir desta sexta (27), uma ferramenta para otimizar o trabalho remoto.

Desde o dia 16 de março, quando houve a suspensão de prazos, audiências, sessões e atendimento presencial, por conta da pandemia da Covid-19, até esta quarta (25), foi realizado um total de 39.048 atos processuais. A média é de 4.881,00 atos executados por dia útil, produtividade 9,5% superior à de 2019, quando a média por dia útil foi de 4.454,38 atos.

Entre os atos praticados nos últimos 8 dias úteis estiveram 27.022 despachos, 6.745 decisões e 5.281 julgamentos. Foram também levantados 6.740 alvarás, o que totaliza um valor aproximado de R$ 80 milhões (R$ 79.480.197,33).

De acordo com a presidente do Tribunal, desembargadora Dalila Andrade, a tendência é melhorar ainda mais a produtividade, uma vez que ajustes estão sendo realizados para a adaptação à nova realidade de trabalho dos magistrados e servidores.

FERRAMENTA VIRTUAL – O TRT5 desenvolveu uma nova funcionalidade dentro da ferramenta Business Intelligence (BI) que permite o acompanhamento, por parte dos gestores, das atividades realizadas pelos servidores em regime de home office. Essa funcionalidade está disponível para o uso a partir desta sexta-feira (27/3) para o 1ª Grau e a previsão é abranger o 2ª Grau já na próxima semana.

Para o juiz Firmo Leal, auxiliar da Presidência do TRT5, "o BI auxilia no gerenciamento e organização dos dados gerados pelo Tribunal. Ao optar por esse sistema podemos nos dedicar mais a análise crítica dos resultados obtidos e melhorar a gestão das unidades".

O magistrado também explicou que a ferramenta utiliza as informações levantadas pelo sistema e-Gestão, que foi construído para a produção de relatórios estatísticos. "O sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe) não tem a tarefa de gerenciamento de dados. Já o BI tem como uma das funções pegar as informações transferidas do sistema PJe para o sistema e-Gestão, realizar um tratamento específico e apresentá-las em uma técnica de fácil visualização. No caso da nova ferramenta, permite aferir os dados de produção dos servidores do TRT, possibilitando o gerenciamento e distribuição das atividades dentro das unidades ", disse.

Secom TRT5 (Renata Carvalho) – 27/3/2020