A juíza Andrea Rocha Trocoli, titular da Vara do Trabalho de Itaberaba, realizou 28 audiências na manhã desta quarta (4/12), na cidade de Palmeiras, distante 171 km da sede daquela jurisdição. Os processos foram ajuizados contra a Transseg Cooperativa de Trabalho Brasileira, empresa que encerrou as atividades e não possui paradeiro conhecido, e em face do Município de Palmeiras, subsidiariamente, para o qual os reclamantes prestaram serviços de garis.

O deslocamento das audiências para Palmeiras se deu em razão de os trabalhadores, na totalidade, serem pessoas humildes e estarem desempregados, o que foi constatado pela magistrada em 14 audiências que presidiu contra os mesmos empregadores, na secretaria da Vara, na tarde da terça (3). Naquele momento ela foi informada que os reclamantes haviam se deslocado por meio de van, e o transporte tinha saído de Palmeiras às 3 horas da madrugada do mesmo dia. A passagem para cada um teve o custo de R$ 50,00, e o carro manteve-se à espera das audiências.

O intuito da juíza ao realizar as audiências fora da sede foi de evitar os custos e o desgaste da viagem para os trabalhadores, aproximando a Justiça do Trabalho da comunidade de Palmeiras, com uma prestação jurisdicional mais humanizada. Com a concordância das partes litigantes, houve a antecipação da pauta do dia 5 de dezembro para juntá-la com a do dia 4 e apreciar mais processos na mesma iniciativa.

A comitiva da Vara, composta pela magistrada, pelo diretor da Secretaria, Fábio Cardoso Araripe, e pelo secretário de audiências, Rodrigo Alencar e Silva Bodnachuk, saiu de Itaberaba às 7 horas da quarta. As audiências contaram com as participações do preposto do Município de Palmeiras, Genilson Oliveira da Silva; do procurador Tiago de Oliveira Rola, e dos advogados dos reclamantes, Carolina Almeida Miranda e Luís Felipe Garcia da Silva e Silva.

Secom TRT5 (Franklin Carvalho, com informações da Vara do Trabalho de Itaberaba) - 5/12/2019