O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), por meio de seus programas "Trabalho Seguro" e "Enfrentamento ao Trabalho Escravo", participou de visitas às centrais de coleta de material reciclável organizadas próximas aos circuitos oficiais do Carnaval de Salvador. O Regional foi representado pelas juízas, gestoras dos programas, Adriana Manta e Manuela Hermes, e pelo Chefe da Divisão de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão, Sandro Micucci. As visitas aos centros de coleta ocorreram nos dias 9, 10 e 11/2, abrangendo as centrais da Ladeira da Montanha, Avenida São Jorge (Campo Grande), Ondina, Politeama e também o Espaço de Convivência das Catadoras, no Canela.
A Juíza Manuela Hermes ressaltou a importância da parceria do Regional nessa ação. Para ela, foi uma oportunidade de acompanhar o trabalho dos catadores de perto e a " necessidade de garantir a essas pessoas trabalhadoras, em sua maioria mulheres e negras, que o trabalho seja valorizado pela sociedade e executado em condições de segurança", frisou, destacando a colaboração que a atividade proporciona para a preservação do meio ambiente. A juíza Adriana Manta explica que a Justiça do Trabalho foi convidada a participar das visitas e que a atividade tem uma relevância socioambiental significativa: "Participar de um evento como esse é de extrema importância, promovendo o diálogo social, proporcionando dignidade para os catadores e catadoras e contribuindo para a sustentabilidade", afirma.
O projeto EcoFolia Solidária é uma iniciativa do Governo da Bahia, sob a coordenação da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com as Secretarias do Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e de Políticas para as Mulheres (SPM). As visitas foram realizadas pelo TRT-5 e também pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia.
Sustentabilidade
Dez postos de coleta foram distribuídos pela cidade para facilitar o recebimento dos materiais recolhidos pelos catadores. O objetivo da ação é o de gerar inclusão e renda para os catadores e fortalecer a inclusão das cooperativas na cadeia produtiva da reciclagem, ao mesmo tempo em que promove impacto positivo no meio ambiente. Os catadores conseguiram arrecadar 101,2 toneladas de alumínio e 73,5 toneladas de plástico/pet nas ruas, gerando uma renda aproximada de R$580 mil, distribuída entre os 2.437 participantes conforme a produtividade individual.
A iniciativa também incluiu um espaço exclusivo para as mulheres catadoras no Vale do Canela, onde 128 delas foram atendidas. Neste local, foram oferecidos café da manhã, banho, massagem terapêutica, acupuntura/auriculoterapia, acolhimento terapêutico, penteados e rodas de conversa.
Secom TRT-5 (Fabricio Ferrarez) - 19/2/2024