Justiça do Trabalho marca presença em ato contra o trabalho infantil

 

 

A Justiça do Trabalho marcou presença no ato público de combate ao trabalho infantil realizado nessa quarta-feira (8/6), na Praça do Campo Grande, em Salvador. Servidores do TRT5 tiraram dúvidas e consultaram processos em tramitação na Justiça do Trabalho, além de distribuírem a cartilha do trabalhador, uma iniciativa da Anamatra e Amatra5.

 

A abertura do evento contou com a participação da presidente da Associação dos Magistrados da Justiça Trabalhista da 5ª Região (Amatra5), juíza Rosemeire Fernandes, que também é gestora do programa regional de combate ao trabalho infantil do TRT5. Na ocasião, houve uma apresentação da orquestra de jovens Irmã Dulce, uma formação da Neojibá, que executou o Hino Nacional e outras músicas, arrancando aplausos da plateia. Grupos de dança formados por jovens da Fundação Cidade Mãe também se apresentaram no palco.

 

O ato foi organizado pelo Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho Adolescente (Fetipa), do qual fazem parte diversas entidades e instituições atuantes no combate e fiscalização a esse tipo de atividade, entre elas a Amatra5 e o TRT5.

 

O evento aconteceu às vésperas do dia mundial de combate ao trabalho infantil - 12 de junho. Tendas de informações e serviços foram instaladas no espaço, além de um palco para apresentações artísticas e uma área de lazer. Cadastro de adolescentes menores aprendizes, orientação sobre o que é o trabalho infantil e como denunciar irregularidades foram algumas das opções para quem foi ao evento.

 

 

A presidente da Amatra5 deu entrevista para a imprensa e também aproveitou a oportunidade para falar com um grupo de jovens. Ela contou um pouco de sua trajetória, lembrando que começou como jovem aprendiz, prestou concursos em diversas áreas, culminando com a aprovação no concurso para juíza do Trabalho.

 

Em discurso na aberrtura do ato, a presidente do Fetipa e promotora do Ministério Público do Estado, Andreia Ariadna, agradeceu a parceria da prefeitura para a realização do evento e disse que lugar de criança é na escola e não trabalhando.

 

A presidente da Amatra5 destacou que a Bahia, infelizmente, ostenta números alarmantes de exploração da mão de obra infantil, sobretudo nas residências, onde é mais difícil fiscalizar. "É fundamental o papel da sociedade, denunciando essa prática por meio do Disque 100", disse a juíza, lembrando que o anonimato é garantido.

 

A juíza disse ainda que a maioria dos trabalhadores resgatados exercendo trabalho análogo ao escravo foram vítimas de exploração na infância. "São realidades muito próximas e que precisam ser combatidas". 

 

A Procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Virgínia Sena, destacou que o trabalho infantil perpetua o ciclo da pobreza e da falta de oportunidade, porque a criança que trabalha hoje será o pai que vai colocar o filho no mesmo caminho amanhã.

 

Fonte: Amatra5 - 10/6/2016