75% dos lotes de bens inservíveis foram arrematados


Os bens apregoados pelo leiloeiro foram exibidos em telão

 

O primeiro leilão de bens inservíveis que o TRT5 realizou com a tecnologia do Projeto Leiloar conseguiu um aproveitamento de aproximadamente 75% sobre o total dos bens - dos 44 lotes oferecidos, 30 foram arrematados, 12 ficaram sem licitantes e outros dois foram sustados por incorreções no edital. Para uma expectativa de arrecadação de R$ 42,1 mil, foram obtidos R$ 27,8 mil.

 

De acordo com Tarcísio Filgueiras, assessor da Diretoria Geral do Tribunal, esse tipo de leilão, que acontecia com poucos licitantes, ganhou repercussão com as estratégias e a experiência do Projeto Leiloar, entre elas o reforço na divulgação e a mala direta para mais de dois mil licitantes cadastrados. Outra técnica aplicada foi a organização dos lotes pela natureza dos objetos, de forma a atrair compradores e liberar o depósito. "Todos os móveis foram arrematados, isso é uma prova de êxito", comemora Filgueiras.

 

A desocupação do depósito do TRT5, além de contribuir para a organização do Regional, também elimina despesas com segurança, manutenção e limpeza. O diretor do Serviço de Patrimônio e Suprimentos do Tribunal, Carlito Silva Miranda, participou da organização dos lotes juntamente com a Comissão de Desfazimento de Bens do Tribunal. Ele ajudou a separar o que já não tinha uso e/ou era antieconômico para o Regional, após cada troca por itens mais modernos. A equipe contou com a participação de um oficial de justiça para fazer a avaliação de alguns dos lotes.

 

Reações - O diferencial, no caso do leilão administrativo, em relação ao leilão judiciário, é que os licitantes não podem oferecer lances abaixo do valor da avaliação. Além disso, eles contam com uma maior agilidade na retirada do bem, pelo fato de a transferência patrimonial não estar sujeita aos embaraços de processos judiciais, como ocorre com bens penhorados.

 

Dois automóveis Ipanema de 98, que eram considerados os bens mais interessantes e que estavam avaliados ambos em R$ 10 mil, foram adquiridos por R$ 16 mil. Nesse caso, 160% do valor. Já um lote com três cafeteiras, um liquidificador e uma bomba centrífuga, avaliados em R$ 25, foi arrematado por R$ 270, quase onze vezes mais. Também podem ser destacadas as arrematações de estantes de aço, mesas e outros móveis para escritórios, que alcançaram lances duas a três vezes maiores do que aqueles fixados na avaliação.

 

Para outros lotes, porém, para os quais já se supunha não haver grande interesse do público, como máquinas de datilografar elétricas e impressoras antigas, faltou quem quisesse levar para casa os objetos. Alguns licitantes presentes até alegaram desconhecimento a respeito do que seria uma leitora para microfichas e uma microfilmadora postos na hasta pública. Segundo Heron Marques Oliveira, presidente da Comissão, os bens que não forem vendidos serão doados para entidades de utilidade pública e para o Estado ou Municípios que demonstrem interesse.

 


Megaleilão - Apesar da diferença entre esse leilão administrativo e os megaleilões judiciais do Projeto Leiloar, o leiloeiro oficial do TRT5, Arthur Nunes, conseguiu adaptar o mesmo sistema informatizado, cadastrando os licitantes e imprimindo as guias para pagamento.

 

Nunes aproveitou a ocasião para informar sobre os próximos megaleilões judiciais, que acontecerão nos dias 12 e 13 de março em Feira de Santana, 27 e 28 de março em Salvador, e 3 e 4 de abril em Itabuna. Maiores informações sobre os eventos podem ser obtidas no site do Projeto Leiloar (www.projetoleiloar.com.br).

 

Ascom TRT5 - 21/02/2008