23,19 toneladas de papel já foram doadas pelo TRT5 para reciclagem
O Arquivo Geral do TRT5 liberou para trituração na manhã desta terça-feira (foto), dia 19, os cerca de 20 mil processos findos no ano de 1998 que representavam o 4º e último lote de autos daquele período prontos para serem destruídos, um equivalente a cerca de sete toneladas de papéis. Originados de diversas varas de Salvador, esses processos elevam para mais de 50 mil o número de autos daquele ano destinados à eliminação.
Desde 2006, quando foi aprovado o programa de gestão documental do TRT, que visa a otimizar o gerenciamento de documentos que tramitam internamente, cerca de 200 mil processos, englobando autos findos de 95 a 98, já foram eliminados no Arquivo Geral da Capital.
Todo esse material, que em um passado não muito distante iria para o lixo, passou a ter novo destino com o programa de doações do Tribunal coordenado pela Comissão de Coleta Seletiva Solidária e pelo Serviço de Projetos Especiais. O programa, que funciona há dois anos, busca despertar no Tribunal uma visão ambientalista do espaço de trabalho, lançando mão, para isso, da gestão racional de documentos do Órgão, sejam os antigos ou os papéis em utilização.
O resultado é um total de 23,19 toneladas de papéis já doadas para reciclagem, o que na prática significa dizer que se evitou o corte de 1 hectare de floresta (cada tonelada evita o corte de 30 ou mais árvores). O reaproveitamento do papel também evita a utilização de processos químicos, diminuindo a poluição ambiental além de impulsionar a geração de mais empregos quando possibilita às associações sem fins lucrativos que recolha e faça a separação dos resíduos nas instituições públicas e/ou particulares.
Com esse novo pensamento, passa a ser prática cotidiana o ato de recolher separadamente o lixo orgânico e os papéis usados para reciclagem, bastando para isso que a unidade responsável disponha previamente dos recipientes próprios.
Foi seguindo essa filosofia que no TRT5 milhares de processos findos passaram a ser liberados regularmente para trituração e posterior reciclagem pela Coopcicla (Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem Responsável), grupo apoiado pela Limpurb e o único habilitado a receber os papéis coletados no Tribunal a partir da implantação do programa.
Os resultados, que demonstram a importância da adoção pela sociedade de uma economia sustentável, são significativos pelo seu caráter social. Somente na Coopcicla, 60 famílias de cooperativados são beneficiadas. A medida, além de trazer benefícios ecológicos, contribui para a geração de renda dos cooperativados, em sua maioria antigos badameiros.
Outras eliminações - Além do Arquivo Judicial, setores administrativos do TRT5, guiados pela classificação e tabelas de temporalidade dos documentos, vêm se atendo de forma mais rigorosa à eliminação de seus próprios papéis. Para se desfazer do acúmulo de antigos processos e declarações de renda de servidores já sem nenhuma serventia, em dezembro de 2007, 720 quilos de papéis foram doados pelo Serviço de Pessoal à Coopcicla. O trabalho consistiu na triagem de todos os documentos por servidores da unidade e dos processos por funcionários do Arquivo.
Da mesma maneira, na semana passada, o Serviço de Contabilidade realizou a sua primeira eliminação concentrada de papéis, liberando para trituração cerca de mil processos de compras antigas, além de ordens bancárias, notas de empenhos, dentre outros já sem utilidade. Os papéis estavam há mais de 20 anos guardados no Fórum Ministro Carlos Coqueijo Costa e passaram por uma triagem após a transferência da unidade para a atual sede administrativa, o Edifício Presidente Médici. Ficaram de fora da eliminação apenas os autos envolvendo folhas de pagamento e as obras da Justiça do Trabalho, que não podem ser destruídos. (Ascom TRT5 - 19.02.2008)