A ARM Telecomunicações e Serviços de Engenharia S/A e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado da Bahia (SINTTEL/BA) não chegaram a um acordo durante uma tentativa de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), durante audiência realizada na tarde desta segunda-feira (7/7), que foi conduzia pela vice-presidente, desembargadora Nélia Neves. Com o impasse entre as partes, uma sessão de julgamento vai ser marcada pela TRT5, ainda com data a ser definida.

A sala de sessões do TRT ficou lotada de trabalhadores da empresa localizada no bairro do Cabula, em Salvador, que é terceirizada da OI, e presta serviços de instalação e manutenção de linhas telefônicas e internet.

A ARM está em processo de negociação coletiva de trabalho com o sindicato para reajuste salarial e atendimento de reivindicações contra o desconto nos contracheques em razão do controle de ponto eletrônico, que é feito por um sistema online. Os trabalhadores, que exercem suas atividades nas ruas, afirmam que não possuem internet para registrar o início e fim de suas atividades, pedindo para que o registro seja feito por produção.

Foram realizadas reuniões para levar as propostas à assembleia realizada pelo sindicato dos trabalhadores, mas elas não foram aceitas pela grande maioria, que deliberou pela paralisação total das atividades por tempo indeterminado, iniciada em 30 de junho. A ARM, em sua petição inicial, afirma que a greve é ilegal e abusiva, prejudicando de forma incalculável as atividades essenciais prestadas pela empresa. Segundo a empresa, o sindicato também não respeitou o percentual mínimo de empregados em atividade. A empresa questiona, ainda, a validade da assembleia realizada no último dia 25 de junho.

O SINTTEL-BA alega que mantém um percentual mínimo de 30% dos trabalhadores nas atividades e negou que esteja impedindo alguns deles de entraram na empresa.

Secom TRT5 (Josemar Arlego) - 8/7/2014