Um caminhão da Cooperativa de Catadores Agentes Ecológicos de Canabrava (Caec) recolheu na manhã desta quarta-feira, dia 7, cerca de uma tonelada de papel do TRT5, que será reciclada e transformada em renda para 137 trabalhadores. Essa é mais uma etapa da Coleta Seletiva Solidária do Tribunal, que desde 2007 já arrecadou 25 toneladas de papel para a reciclagem. Apesar desse resultado, os organizadores desejam aumentar a adesão dos usuários do Fórum do Comércio.

Segundo Vânia Fagundes, do Serviço de Assessoramento em Projetos Especiais, embora tenham sido distribuídas caixas nas varas da capital para o recolhimento de papel seco, o refugo das VTs acaba indo parar nos baldes comuns, molhados de café e misturados com detritos. ¿Isso inutiliza o material. E o pior é que acontece no Fórum com maior consumo de papel e maior potencial de reaproveitamento¿, lamenta.

¿O pessoal da limpeza tenta recolher para a reciclagem, mas sem a colaboração dos servidores, fica muito difícil¿, explica Ivonísia Castro, do Serviço de Atendimentos Gerais (SAG), que coordena a limpeza e a guarda de material para reaproveitamento. Ela diz que as cooperativas se dispuseram a recolher copos plásticos para reciclagem - estima-se que o TRT use e descarte 60 mil copos de 200 ml por mês, além dos copinhos de café - mas é preciso reforçar a participação do público interno.

Vânia e Ivonísia, que integram a Comissão de Coleta Seletiva Solidária do Tribunal, afirmam que há a intenção de se distribuir recipientes diferenciados para que cada unidade armazene o material a ser recolhido. Por enquanto, comemoram a instalação, na garagem do Fórum Presidente Médici, em Nazaré, de um contentor para a armazenagem de papel.

Nacional - O programa de reciclagem do TRT5, que visa reaproveitar papéis, plásticos e outros refugos gerados no expediente do Tribunal, segue diretrizes nacionais fixadas em decreto da Presidência da República. O objetivo é diminuir o impacto ambiental das atividades do serviço público e proporcionar geração de renda para entidades que representem interesses coletivos.

Até o mês passado, o material destinado à reciclagem era doado à Cooperativa de Agentes Autônomos de Reciclagem Responsável LTDA (Coopcicla), que tem sede na Sete Portas e envolve o trabalho de 40 associados. Por obrigação do decreto que regula a coleta solidária nacional, o Tribunal deve alternar a destinação de seu descarte para instituições que se cadastrem e comprovem ratear o resultado da coleta entre cooperativados.

Além de pagar em dinheiro aos seus associados, a Coopcicla e a Caec, fundadas em 1996 e 2000, respectivamente, geram outros benefícios como alimentação, atendimento médico e odontológico, contribuição previdenciária e educação ambiental. Para isso, contam com apoio da Petrobras, Fome Zero, Projeto Axé, Fundação BB e Avina, entre outras.
(ASCOM/TRT5 ¿ 07.05.2008)