Comitê de Acessibilidade do TRT5 promove ação de sensibilização

Com o objetivo de conscientizar e eliminar preconceitos, estereótipos que atentam contra o direito das pessoas, o Comitê de Acessibilidade do TRT5 realizou na manhã desta terça-feira (26), no Edifício Presidente Médici, uma ação de sensibilização. Os servidores que aceitaram participar utilizaram uma venda nos olhos e uma bengala, ou uma cadeira de rodas, podendo, assim, vivenciar as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiências.

 

A iniciativa será levada, na próxima quinta-feira (28/11), ao Fórum do Comércio. Poderão participar magistrados, servidores, advogados, estagiários, colaboradores e o público visitante. Outra ação também acontecerá no dia do seminário Acessibilidade: Novas tendências e desafios no 3° milênio), que será realizado em Nazaré, no próximo dia 3/11.

 

 

O coordenador da Comissão de Acessibilidade, Marcelo Carvalho, que tem deficiência visual, foi quem guiou os vendados, passando a sua experiência, dando dicas, e explicando a necessidade da utilização dos outros sentidos para perceber os elementos e obstáculos ao longo do caminho. Todos fizeram o percurso da entrada do edifício até a sua respectiva unidade de trabalho.

 

Daniela Sampaio, servidora lotada na Coordenadoria de Estatística e Pesquisa,  inicialmente se sentiu muito insegura, pois não tinha noção de espaço e ficava sem saber onde estava. Marcelo foi orientando-a a perceber as noções de direção por referências: o tapete, por exemplo, que indica o elevador, ou o vento, que mostra a proximidade das janelas do corredor. "Aprendi a importância de utilizar os outros sentidos", destacou a servidora.

 

 

A servidora Josenildes Garcia, lotada na Coordenação de Material e Logística, experimentou a cadeira de rodas. Com a experiência pôde perceber o grande esforço que os cadeirantes fazem com o braço para poder guiar a cadeira. Ela teve grande dificuldade para passar na porta da sua sala:  "A porta tem mola, então quanto mais você empurra mais ela volta. É preciso muita força para conseguir passar". Na chegada à mesa do seu setor, ela também encontrou muitos obstáculos, já que a sala não está adaptada para cadeirantes.

 


Glória Cedro, servidora lotada no Coordenadoria de Projetos Especiais, se sentiu desconfortável vendada e teve medo durante o trajeto até o seu setor. Mas com a experiência, ela mudou sua opinião sobre a voz de orientação do elevador, que informa sobre o andar de parada e informa a direção da cabine.

 


Rose Santos, lotada na Promédica, achou bastante interessante estar do outro lado: "É uma experiência única e você pode entender como os cegos vivem e o que eles passam, não é nada fácil não ver nada. Os outros sentidos nessa hora são super importantes", expõe a servidora.



 

A servidora da Diretoria-Geral, Ana Patrícia, que participou das duas modalidades da ação, sentiu muita dificuldade para se virar no elevador com a cadeira de rodas, e sentiu o quanto é complicada a utilização do banheiro, especialmente se ele não for adaptado com barras laterais e espaço de manobras.

 

 


O técnico Marcelo Magalhães, lotado na Setic (Secretaria de Tecnologia), achou bem interessante a experiência de ficar vendado: "Foi muito difícil fazer coisas pequenas, como apertar o botão para chamar o elevador".

 

Saiba mais sobre o seminário de Acessibilidade: Novas tendências e desafios no 3° milênio.

 

Secom TRT5 (Helen Carvalho) - 26/11/2013