Candidatos procuram salas em listagem na Federação
O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe-UNB), responsável pelo Concurso para servidores do TRT5 deve divulgar a partir das 17 horas (horário de Brasília) da próxima terça-feira, dia 25, os gabaritos oficiais preliminares das provas da 1ª etapa do concurso para servidor do TRT5, realizadas hoje. De acordo com o coordenador geral da Cespe para aplicação da prova, Ricardo Carmona, não houve incidentes relativos à segurança ou à saúde dos candidatos. Uma equipe de 3,2 mil pessoas trabalhou na organização, transporte e fiscalização nos 47 prédios onde as provas foram aplicadas, entre faculdades e colégios públicos e particulares.
Dos 21,8 mil candidatos que fariam o exame pela manhã, para cargos de analista, 21% (cerca de 4,2 mil) não compareceram. No período da tarde, dedicado às provas de cargos técnicos, de nível médio, havia 34,7 mil candidatos, mas 23,3% (8,1 mil) não fizeram a prova. Esta etapa do concurso teve salas adaptadas para pessoas em situações especiais, como cadeirantes, grávidas, lactantes e portadores de deficiência. No Pavilhão de Aulas da Federação (PAF 1), 20 candidatos com deficiência visual tiveram, cada um, uma sala com um ledor (funcionário) de prova, que os ajudava quando a leitura em braile tornava-se muito cansativa.
O uso de aparelhos eletrônicos foi proibido já no edital, mas também foi feito um aviso na chegada à sala de aula e o recolhimento de aparelhos em envelope especial. Quando o candidato queria ir ao banheiro, submetia-se ao detector de metal para evitar a ¿cola eletrônica¿. O delegado federal aposentado Bolivar Steinmetz, que atua nas provas organizadas pela Cespe graças a um convênio entre o Centro e a Associação de Delegados de Polícia Federal (ADPF), explicou que dois técnicos em telecomunicação percorriam os locais de prova com um aparelho que permite captar qualquer vestígio de troca clandestina de informações.
Na opinião dos candidatos Genivaldo Santos Araújo e Danusa Prates, que fizeram o exame pela manhã para os cargos de analistas de Tecnologia da Informação e de Direito, respectivamente, a prova foi muito bem elaborada. Genivaldo é técnico no TRT da 20ª Região (SE), e veio para Salvador numa van com um grupo de dez candidatos que ficou hospedado em um mesmo hotel. Ele procura, além de uma qualificação profissional superior, trabalhar na área em que é formado, já que, em Sergipe, é lotado no departamento de saúde do Regional. Danusa, por sua vez, é servidora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Psicóloga e agora cursando Direito, pretende vir morar na Bahia e ganhar experiência para, logo que puder, tentar a magistratura.
Ambulantes - Muitos dos candidatos fizeram as provas da manhã e da tarde, às vezes percorrendo uma maratona entre dois prédios diferentes. Como o calor foi intenso, as pessoas que chegavam aos locais do concurso portavam garrafas de água mineral ou barras de cereal como um lanche leve. Na entrada da Escola Politécnica, a vendedora ambulante Mônica Carvalho, que diz ter se especializado em faturar nos dias de concursos, vendo pela internet e jornais onde eles vão acontecer, conseguiu vender em duas horas 84 garrafas pequenas de água e cerca de 50 canetas pretas, do tipo exigido para a realização da prova. Quando restavam somente algumas canetas com defeito, ainda havia clientes desesperados para comprá-las, riscando as esferográficas na esperança de fazê-las funcionar e chegar a tempo para a seleção.
Ascom/TRT5 - 23.11.2008