Consulta pública do CNJ sobre 1º grau do Judiciário vai até esta sexta (7/2)

foto: CNJ

 

Termina nesta sexta-feira (7/2) a consulta pública do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a proposta de resolução que visa fortalecer o primeiro grau de jurisdição do Poder Judiciário. O texto foi proposto pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 155/2013, que estabelece parâmetros para a distribuição de orçamento e de servidores entre a primeira e a segunda instâncias do Judiciário brasileiro.

 

A necessidade de aperfeiçoar os serviços judiciários de primeira instância e equalizar recursos orçamentários, patrimoniais, de tecnologia da informação e de pessoal entre as justiças de primeiro e segundo grau foi aprovada, como diretriz estratégia, pelos presidentes e corregedores de tribunais brasileiros participantes do VII Encontro Nacional do Poder Judiciário, em novembro de 2013.

 

MÁ-DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS - De acordo com o Relatório Justiça em Números, dos 92,2 milhões de processos que tramitaram no Judiciário brasileiro no ano de 2012, 82,9 milhões se encontravam no primeiro grau, o que corresponde a 90% do total. Com a alta demanda, o primeiro grau registrou uma taxa de congestionamento de 72%, 26 pontos percentuais acima da taxa do segundo grau.

 

Na avaliação do Grupo de Trabalho constituído pelo CNJ, a má distribuição dos recursos pelos tribunais é a principal causa do desempenho insatisfatório do primeiro grau, já que os tribunais privilegiam o segundo grau de jurisdição.

 

Os diagnósticos das inspeções da Corregedoria Nacional de Justiça também demonstraram essa necessidade. Em vários tribunais constatou-se indevida lotação na justiça de segundo grau de cargos vinculados ao primeiro, bem como uma desproporção na alocação de pessoas, cargos em comissão e funções comissionadas entre as duas instâncias.

 

PARTICIPE - Por isso, a proposta de resolução prevê o estabelecimento de parâmetros para a distribuição proporcional do orçamento e de recursos humanos entre primeiro e segundo grau.

 

Os interessados poderão apresentar sugestões de aperfeiçoamento do projeto pelo endereço consultapublica@cnj.jus.br. O texto já está à disposição para consulta na página do CNJ.

 

Secom TRT5 - 6/2/2014 (Com informações do CNJ))