Debate sobre o feminino avalia avanços da mulher


 Roberto Albergaria, antropólogo, durante sua palestra no evento, que foi realizado no Salão do Pleno

 

Os avanços da mulher são inegáveis, tanto no seu papel social, quanto no político e profissional, mas ainda há muito que conquistar. Esta foi a colocação dos debatedores da mesa-redonda realizada no fim da tarde desta quinta-feira, dia 19, no auditório do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, abordando o tema Reflexões sobre o feminino.  O evento, promovido pelo projeto TRT Cultural, da Secretaria de Projetos Especiais, em comemoração ao mês da mulher, contou com a participação do antropólogo Roberto Albergaria; da vereadora do PCdoB, Olivia Santana e da diretora do Viladança, Cristina Castro, e teve como mediadora do debate a desembargadora Maria Adna Aguiar.

 

Na abertura dos trabalhos, o presidente do TRT5, desembargador Paulino Couto, ao fazer um apanhado histórico sobre o papel da mulher, citou como exemplo das conquistas a maioria dos cargos no próprio Regional serem hoje ocupados pelas mulheres: são 110 juízas e 70 juízes, 17 desembargadoras e 12 desembargadores, 1.089 servidoras e 1.009 servidores. O debate atraiu, sobretudo, servidoras, que foram homenageadas também pelo diretor do Controle Interno, Fernando Borges, cantando ao som do violão duas músicas de Vinícius de Moraes. Também estiveram presentes a desembargadora Ivana Magaldi; o presidente da Amatra 5, juiz Gilmar Carneiro; o titular da 25ª Vara, juiz Agenor Calazans, e advogados.

 

Já a vereadora de Salvador pelo PCdoB Olívia Santana, ao falar sobre a mulher na representação política nos poderes executivos, lembrou que o Brasil é 144° no ranking de mulheres no poder. Segundo ela, atualmente, dos 63 deputados estaduais, só nove são mulheres. Na Câmara, dos 41 cargos de vereadores, só seis são ocupados por mulheres. Olívia acha que essa discrepância pode ser resolvida com uma cultura de igualdade, melhoria na lei eleitoral e garantia de verbas para as candidaturas femininas.

 

Para o antropólogo e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Roberto Albergaria, houve profundas mudanças nos padrões de gênero nos últimos 50 anos. ¿A Bahia deixou de ser uma sociedade machista e passou a ser individualista, graças à luta das mulheres¿, afirmou ele.

 

Ascom/TRT5 ¿ 19.03.2009