Encontro da Magistratura do TRT-5 debate questões contemporâneas do Direito do Trabalho

Começou nesta segunda (20/3) o 15º Encontro Institucional da Magistratura do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) que tem o objetivo de propiciar a aproximação das duas instâncias do TRT-5 e dar seguimento ao programa de formação continuada de magistrados. O evento, que ocorre no auditório do Senai Cimatec, na Paralela, até quarta-feira (22/3), aborda, entre outros temas, o Princípio da Proteção e os 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); os direitos absolutamente indisponíveis; o Supremo Tribunal Federal (STF) e a pejotização de profissionais liberais; o servidor e a competência material da Justiça do Trabalho e a Lei de Falência e Recuperação Judicial. O Encontro é promovido pela Escola Judicial do TRT-5 (Ejud-5). 

Auditório com público

O desembargador Edilton Meireles, diretor da Ejud-5, abriu a programação (PDF- 1,86 Mb) dando as boas-vindas a todos: “O Encontro Institucional está debutando nesta edição,  e seguimos sempre procurando aperfeiçoar a cada evento”.  Já a vice-corregedora do Tribunal, desembargadora Léa Nunes, que representou a Presidência no evento, cumprimentou os participantes e ressaltou os temas colocados em pauta.

O presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Amatra-5), juiz Guilherme Ludwig,  por sua vez,  lembrou que o momento é de superação da pandemia da covid-19 e também estimou um evento de muito aprendizado.  A abertura contou ainda com participação de jovens dos Núcleos de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba).


Conferência de abertura

Ministra Delaíde Miranda

A ministra do Superior Tribunal do Trabalho (TST) Delaíde Miranda Arantes foi a palestrante da conferência de abertura, com o tema "Princípio da Proteção e os 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)". Ela frisou que a CLT de 1943 protegia, entre outras, profissões ditas analógicas, como professores, operários, bancários, motoristas e aeronautas.

"Agora, 80 anos depois, com o avanço da tecnologia, o desenvolvimento da globalização e o neoliberalismo precarizante, discutimos também a proteção dos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas para trabalhadores das mais diversas plataformas digitais, youtubers, cyber atletas, trabalhadores intermitentes, catador de material reciclado e trabalho verde,  trabalhadores da indústria pornográfica, trabalhadores da fé, entre outras profissões".

A ministra afirmou que essa atual realidade é um desafio para o mundo do trabalho, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Agenda 2030, e até para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919.

O primeiro dia do evento contou com a presença dos desembargadores Jéferson Muricy, Ivana Magaldi e Ana Paola Diniz, e da juíza auxiliar da Presidência, Marília Sacramento.

Secom TRT-5 (Renata Carvalho) - 21/3/2023