Executantes: sonhos e conquistas das servidoras

Ivonete, Régis, dona Ana e Valda - dedicação e simpatia

 

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região homenageia magistradas e servidoras com algumas reportagens que mostram o trabalho delas e contam um pouco de suas vidas.

 

As mulheres representam quase 50% da população dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho, um ambiente que até poucos anos atrás era tipicamente masculino. Entre as funções que elas exercem está a de executante, que leva e traz expedientes e processos de um setor a outro da área administrativa. A maioria dessas servidoras fez o concurso com o intuito de ter um emprego fixo e conquistar seu lugar no concorrido mercado de trabalho, mas gostam do que fazem e se sentem valorizadas como mulheres.

 

Uma delas é Ana Maria Avelina Torres, mais conhecida como "dona Ana", que tem 68 anos de idade, sendo que há 20 está no TRT. Antes de ingressar no Tribunal, dona Ana tinha um bar em sua própria casa, do qual tirava o sustento para três filhos. "Era uma luta danada", diz a servidora, que resolveu correr atrás dos seus sonhos até conseguir o trabalho que tem hoje.

 

Atualmente lotada na Secretaria de Recursos Humanos, dona Ana já passou por diversas unidades do Tribunal como a Presidência, a Vice-presidência, a Corregedoria e a Coordenação Judiciária de 2ª Instância. Muito divertida e querida no setor onde trabalha, ela só se entristece ao lembrar do passado difícil e do fato de ter que deixar o TRT em 2009, quando completará 70 anos. "Vou ficar com muita saudade de minhas colegas, eu adoro todas elas", diz emocionada.

 

Assim como dona Ana, Agripina Régis, 58 anos, desenvolveu uma ligação afetiva com o serviço. Lotada hoje na Presidência e servidora do TRT5 há 34 anos, mãe de três filhos, Régis vê no trabalho uma de suas alegrias. "Sou casada com o meu trabalho", declara, enfatizando que gosta muito do que faz e também das demais executantes, com quem partilha os acontecimentos do seu dia-a-dia.

 

Outra servidora que trabalha com o trânsito de processos e expedientes é Valda Silva Santana, do Serviço de Pessoal, que todos chamam de "dona Valda". Sem filhos, ela dedica o tempo livre à sua mãe, seus irmãos e sobrinhos. Aos 56 anos, 22 deles no TRT, ela lembra que quando jovem queria fazer magistério e ensinar crianças, mas não conseguiu vaga na única escola pública que oferecia o curso. Como a família era carente, optou pelo trabalho em vez dos estudos e passou a fazer faxinas em uma escola pública e em casas de família.

 

Foi essa opção que lhe despertou a atenção para o concurso do TRT, que selecionava agentes de serviço de limpeza. Aprovada em 1984, só ingressou no Regional em 1986. Foi trabalhando no TRT que teve a oportunidade de finalmente cursar o 2º grau. Depois de passar por diversos setores, chegou ao Serviço de Pessoal, onde está lotada desde 2000: "Aqui é bom demais, as meninas me chamam até de tia".

 

Esperança - Já Ivonete Vasconcelos de Jesus, mais conhecida como Nete, apesar de estar satisfeita com seu trabalho na Vice-Presidência,  resolveu cursar Direito à noite, inspirada pela atividade-fim do TRT. Antes de entrar no Tribunal, ela estava desempregada e hoje, depois de 17 anos de serviço, recomenda que toda mulher busque a sua independência financeira. "Tem que ter perseverança porque conciliar casa, trabalho e estudo é uma tarefa bastante desgastante", diz a servidora, que tem um filho de dez anos.

 

(Ascom TRT5 - 05.03.2008)