Greve em construtora de Eunápolis chega ao fim após acordo no TRT/BA

foto: Secom TRT5

 

Um acordo firmado nesta terça-feira (12) na Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SEDC) do TRT da Bahia pôs fim a uma paralisação de seis dias na GO Urbanização Bertoldi, empresa do ramo da construção civil que presta serviços à Veracel Celulose, em Eunápolis. Participaram das negociações, representando os operários, dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Madeira de Eunápolis. O acordo será homologado pelos demais integrantes da SEDC na sessão do próximo dia 21. Na audiência, o Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT/BA) foi representado pelo procurador regional Jairo Sento Sé.

 

Ao iniciar a sessão, o presidente do Tribunal, desembargador Valtércio de Oliveira, inovou no estilo de mediação, substituindo a mesa alta pela antessala do Pleno, onde conduziu uma conversa mais informal e próxima das partes. Foram necessárias três rodadas de negociações - inicialmente com todos e depois com cada parte - para que a GO Urbanização e o sindicato dos trabalhadores formalizassem o acordo, concordando com o valor de R$ 350, sugerido pelo desembargador presidente e pelo representante do MPT a título de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados).

 

A empresa se comprometeu a abonar três dias parados em função da greve, sendo que os outros três serão compensados mediante a extensão da jornada em mais uma hora por dia, de segunda a sexta-feira, a partir do próximo dia 18. Também ficou ajustado que as outras reivindicações dos trabalhadores - como reajuste e extensão do plano de saúde para os dependentes, por exemplo - serão discutidos na próxima convenção coletiva da categoria, cuja data-base é janeiro.

 

foto: Secom TRT5

 

PERICULOSIDADE - No outro caso da tarde, envolvendo uma suposta paralisação dos trabalhadores da BCL Construtora e da Niplan Engenharia, em Camaçari, representantes das empresas e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Camaçari (Sindticcc/BA) - que já haviam tentado uma negociação no último dia 8 (foto) - voltaram a se reunir na tarde de ontem. Mais uma vez, representantes das empresas e dos trabalhadores  não chegaram a um consenso sobre o adicional de periculosidade reivindicado pelos trabalhadores e o dissídio (0000859-02.2013.5.05.0000) também será julgado na sessão do próximo dia 21.

 

Secom TRT5 (Lázaro Britto) - 13/11/2013