Inscritos no Dia do Cidadão enfrentam mau tempo e comparecem

Mesmo com a chuva forte, os cidadãos compareceram em número expressivo

 

Cristiano Ferreira, morador de Vila de Abrantes, na Estrada do Coco, e reclamado em um processo trabalhista, saiu de casa às 6 horas da manhã debaixo de chuva e passou de carro por vários alagamentos em Lauro de Freitas para chegar em Nazaré às 9 horas. Miralva Ferreira Silva, reclamante em outra ação e moradora do Cabula, enfrentou um extenso engarrafamento na Rótula do Abacaxi em obras. Outros dois reclamantes, um morador da Valéria e outro de Sete de Abril, na periferia de Salvador, relataram inundações, desabamento de casas e atraso de ônibus por causa das chuvas.

 

Mesmo com todos estes transtornos, oito das 11 audiências agendadas para a manhã de hoje, no segundo encontro do Dia do Cidadão em 2010, aconteceram. Uma das explicações para a persistência dos inscritos pode ser traduzida por uma declaração de Miralva Silva: "estou advogando em causa própria. O meu processo pode ter problemas, mas eu não desisto, vou apelar para tudo e vou até o fim", desabafou, lembrando que, para resolver a sua ação contra o (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) CEPED, empresa do governo do Estado, já escreveu ao governador, ao ministro do Trabalho e ao CNJ.

 

Todos os presentes no encontro de hoje foram atendidos pela ouvidora do Tribunal, desembargadora Elisa Amado, no gabinete da Presidência do TRT5. Auxiliada pela diretora da Ouvidoria, Ana Cláudia Castilho, e pelo diretor do Serviço de Projetos Especiais, José Medrado, a magistrada orientou as partes sobre detalhes na tramitação dos processos e ouviu críticas e elogios à atuação da Justiça do Trabalho.

 

Um dos processos que chamou a atenção foi o do aposentado Ely de Andrade Peixoto (foto), que realizou, junto com oito companheiros, um acordo com o Banco do Brasil numa ação que transcorre há 14 anos. Segundo ele relatou, o banco deixou de pagar uma parcela do acordo e foi necessário executar o débito. Ao tempo em que elogiou a condução do processo na vara de origem, o aposentado queixou-se à ouvidora a respeito dos cálculos no processo.

 

Já Cristiano Ferreira, que figura como devedor numa ação trabalhista, alegou que não conduzia a empresa reclamada, apenas participou da fundação do negócio a pedido de uma parenta e depois se afastou. Segundo contou, sequer conhece o reclamante, mas recebeu uma citação e queria orientações sobre como resolver a dívida com o trabalhador. "Sou trabalhador também, empregado de uma construtora. Errei ao ceder o meu nome e posso até pagar essa dívida. Só quero saber como superar o problema", disse.


Próximo evento - O TRT5 deve divulgar em breve a data do próximo encontro do Dia do Cidadão e a forma de inscrição. As audiências buscam tirar dúvidas sobre processos trabalhistas e outros assuntos relacionados ao Tribunal.

 

O programa foi criado em outubro de 2004, com o objetivo de acolher os cidadãos, aproximando-os cada vez mais da Justiça do Trabalho. Os objetivos estão totalmente alinhados com o Planejamento Estratégico do TRT5 para os próximos cinco anos, que destaca a acessibilidade e a transparência como atributos de valor para a sociedade.


Ascom TRT5 - 15.04.2010
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