A nova sede do TRT5 no Centro Administrativo da Bahia (CAB) pode ser construída em menos de dois anos, se depender do tempo necessário para erguer sua estrutura de pré-moldados e acabamentos. A previsão foi feita na manhã de hoje pelo arquiteto responsável pelo projeto, João Filgueira Lima, o Lelé, do Instituto Habitat, após participar de audiência pública na sala de sessões do Pleno do TRT5. O cálculo não leva em conta o tempo necessário para tramitações orçamentárias, licitações e outras demandas burocráticas em cada fase da obra, apenas a simplicidade técnica da sua execução (Clique no icone de download para ver fotos do projeto).
A audiência (foto), que é necessária para grandes obras públicas (Lei 8.666/1993), foi dirigida pelo presidente do TRT5, desembargador Paulino Couto, e contou com a presença da ouvidora do TRT5, desembargadora Ivana Magaldi, e do vice-conciliador da Corte, desembargador Esequias de Oliveira, além do administrador do Fórum das Varas, juiz Paulo Temporal. A convocação imediata se deveu à necessidade de se proceder à licitação para terraplenagem e para edificação do primeiro prédio, cujo projeto já está pronto.
Apenas uma pergunta foi formulada pela audiência, a respeito do número de banheiros que serão instalados. O arquiteto respondeu que a quantidade vai variar a depender da função de cada prédio. Ele afirmou que a disposição dos sanitários respeita a convenção de um sanitário para cada 50 pessoas no auditório e outro para cada 20 pessoas nos locais de trabalho, considerando-se a oferta para os públicos externos e internos do Tribunal. Além disso, o fato de os corredores dos prédios serem circulares permitirão aos usuários acessar os sanitários tanto por um quanto pelo outro lado das pilastras, andando no máximo 27 metros.
PRESERVAÇÃO - Cercada por mais de 18 mil m² de exuberante vegetação nativa e apta para o aproveitamento máximo de recursos naturais (luz, ventilação e água pluvial), a nova sede do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5) no Centro Administrativo da Bahia promete ser um marco na arquitetura nacional.
A nova sede será composta por oito módulos circulares, que serão interligados por passarelas e apoiados em estruturas metálicas suspensas, de forma a assegurar o mínimo contato possível com o solo. Essa composição diferenciada garantirá a preservação de mais de 70% da flora local, típica da Mata Atlântica, apesar de toda a dimensão do conjunto arquitetônico, que terá 122 mil m² de área construída.
A topografia local também sofrerá pouquíssima interferência, o que reduzirá o custo da obra e evitará o comprometimento de mananciais hídricos da Avenida Paralela. Somente a área adjacente ao sistema viário sofrerá intervenção com terraplanagem para a criação de 1.700 vagas de estacionamento. E ela terá a função de abrigar o canteiro de obras de modo a possibilitar que a construção dos prédios transcorra sem afetar a vegetação, explicou o arquiteto.
O anteprojeto da nova sede prevê os seguintes módulos: dois prédios para a primeira e segunda instâncias (com 40m de diâmetro externo cada um), quatro prédios administrativos (com 27m de diâmetro cada), um auditório (37,5m de diâmetro) e um plenário (20m de diâmetro). As unidades foram projetadas com base em estudo de necessidades elaborado pela Secretaria de Organização e Métodos do TRT5, visando a melhores condições operacionais para as atividades do Tribunal e maior conforto para usuários, magistrados e servidores.
Ascom TRT5 - 05.10.2009