Posicionamento dos TRTs nas redes sociais é discutido no Coleprecor

foto: Nelson Ferraz – TRT/MT

 

O que fazer com relação aos perfis criados nas redes sociais por unidades da Justiça do Trabalho e que não são gerenciados pelos Tribunais, os chamados perfis paralelos? Quais os riscos da proliferação dessas contas não oficiais? Na interação com o público, quando responder ou ignorar comentários negativos postados nas contas oficiais? Essas foram algumas das questões apresentadas ao Colégio de Presidentes e Corregedores dos TRTs (Coleprecor) no último dia 23 pela jornalista Aline Castro (foto), diretora da Secretaria de Comunicação Social do TRT de São Paulo (2ª Região).

 

De acordo com a jornalista, a ideia de levar essas preocupações à entidade que reúne os gestores dos Tribunais Regionais do Trabalho foi a de dar início ao debate sobre como se posicionar nas redes sociais, uma realidade que cada vez exige mais atenção. A profissional lembrou que não há como ficar de fora deste novo espaço de comunicação e interação, já que todos podem postar comentários, imagens e informações sobre tudo indistintamente. ''Mesmo que a gente não queira, já estamos lá, muitas vezes sem saber e sem possibilidade de nos defender'', observou.

 

Por isso a importância de ocupar esses espaços, aproveitando de suas características para dar publicidade a discursos da instituição, aproximar-se da sociedade e difundir informações de utilidade pública e serviços. ''As redes sociais são um grande canal para que os tribunais possam mostrar o que estão fazendo, projetos bacanas que muitas vezes não conseguem a atenção das mídias tradicionais'', ressaltou.

 

foto: Nelson Ferraz – TRT/MT

 

''VIA DE MÃO DUPLA'' - No entanto, a jornalista salientou que é preciso ter certos cuidados na ambiência das redes sociais, justamente por outras propriedades que essas mídias possuem, como a interação, uma ''via de mão dupla'' sem que se tenha controle do conteúdo gerado por quem está do outro lado. ''Por isso, para interagir é importante estar preparado'', enfatizou, apontando a necessidade de se estabelecer uma política de redes sociais, atrelada à política de comunicação do órgão, que estabeleça padrões e critérios a serem seguidos na gestão de conteúdo.

 

A intenção é reduzir os riscos de ações que impactem negativamente a imagem do judiciário trabalhista, como conteúdos inadequados, perfis abandonados, além de casos de pulverização da audiência e dificuldades de monitorar as informações postadas.

 

As ponderações chamaram a atenção dos desembargadores presentes ao Coleprecor, que aproveitaram para relatar episódios envolvendo as redes sociais e seus Regionais. Conforme a presidente do TRT/SP, desembargadora Maria Doralice Novaes (foto), a ideia de levar o assunto para discussão no Coleprecor foi a de iniciar um debate amplo com vistas a uma regulamentação uniforme para todos os Regionais.

 

Ao final, o Colégio aprovou proposta apresentada pelo presidente do TRT de Mato Grosso do Sul (24ª Região), desembargador Francisco das Chagas Lima Filho, das assessorias de comunicação dos TRTs discutirem o tema, possivelmente na próxima reunião do Coleprecor, e apresentarem uma proposta unificada.

 

Fonte: Coleprecor (Aline Cubas - TRT/MT) - 27/05/2013