Ana Cristina em treinamento do TRT na Escola Baiana de Tiro

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região homenageia magistradas e servidoras com algumas reportagens que mostram o trabalho delas e contam um pouco de suas vidas.

Agente de Segurança do TRT5 há 22 anos, Ana Cristina Silva Barros (foto), 48 anos, foi a primeira mulher a trabalhar no departamento, quando a 5ª Região ainda compreendia os estados de Bahia e Sergipe. Ela, que sempre sonhou em fazer pedagogia e trabalhar com crianças excepcionais, nunca imaginou gostar tanto do que faz.

Na época, mãe de uma menina de nove anos, Ana Cristina se viu no momento de buscar um emprego estável. Fez o concurso para o Tribunal e tomou posse no dia 24 de fevereiro de 1986, já grávida de seu segundo filho.

Mesmo não sendo o que sonhava fazer, ela se agarrou ao trabalho, desempenhando-o com toda responsabilidade que o cargo exigia. "Eu me sinto realizada porque tenho a felicidade de trabalhar e ganhar dinheiro no que gosto". A agente já trabalhou em diversos setores do Tribunal, como no Depósito de Bens, em Pirajá, e no Serviço de Protocolo e agora está no fórum do Comércio.

Ana lembra de situações difíceis pelas quais já passou, inerentes ao cargo de Segurança, em que, às vezes,  tem de lidar com público exaltado e se expor a agressões físicas e verbais. "Uma vez tive de tirar uma mulher do Tribunal porque ela estava causando confusão". Segundo Ana Cristina, nessas situações, uma segurança feminina é mais apropriado para retirar outra mulher de dentro da instituição, "porque não vai reclamar que é um homem que a está segurando". Ela também revela que, "felizmente", nunca precisou usar a arma.

O Departamento de Segurança do Tribunal conta com 46 agentes e somente quatro são mulheres. Ana Cristina explica que nunca teve problemas em trabalhar com eles. "Para mim sempre foi um desafio, mas sempre fui bem recebida, eles me tratam com muito carinho e muito respeito".

Segundo a servidora, o que mais a agrada no seu trabalho é o fato de não ter rotina. Ela chega ao fórum do Comércio às 7h e sai às 14h. "A gente chega ao posto e não fica parado porque sempre aparece algo para resolver", comenta sorridente.

Hoje, os filhos de Ana Cristina estão crescidos e ficam preocupados com o trabalho da mãe, mas confiam nela por saberem que é uma pessoa muito tranqüila. "Dentro do setor, convivo com os outros agentes em pé de igualdade. Também não peço nenhuma regalia, mas sempre me impus", diz ela, revelando o segredo do sucesso em seu trabalho.

(Ascom TRT5 - 04.03.2008)