Segurança devolve objetos perdidos

Jurandi Moreira e Nilton dos Santos entregaram o valor encontrado

 

 

Uma estatística preocupante vem chamando a atenção do Departamento de Segurança do TRT. Diz respeito ao esquecimento de documentos, celulares, relógios e até pastas de processos nos sanitários, corredores e nas salas dos três fóruns do TRT5, isso sem falar em bolsas e carteiras contendo dinheiro. Nos três edifícios, que recebem diariamente um fluxo de cerca nove mil pessoas, são registradas aproximadamente três ocorrências de objetos perdidos por semana.

 

 

De acordo com o chefe do Departamento, Pedro Marcelo Reis, as perdas de pertences nos fóruns do TRT5 têm sido cada vez mais freqüentes, o que leva o setor a reforçar sua atenção na observância de bens perdidos e a cogitar o uso da internet como meio para divulgar as ocorrências.

 

 

Qualquer bem perdido nas dependências do prédio, salienta Marcelo, quando prevalece o bom senso e a consciência ética de quem o encontra, é encaminhado ao Departamento de Segurança. Passada uma semana sem nenhuma manifestação, o objeto é levado para a administração do edifício, onde poderá ser recuperado mediante identificação do dono.

 

 

Uma outra medida adotada é o aumento no rigor da seleção dos profissionais envolvidos na atividade da segurança. "Os agentes que temos hoje foram selecionados a dedo e são observados todos os anos", afirma o chefe do Departamento. Ele argumenta que esse acompanhamento é feito com atenção severa, podendo ocorrer a dispensa imediata se detectada má conduta no desempenho das atividades.

 

 

Bom exemplo - No último dia 22 de outubro, o agente de segurança terceirizado Nilton Paulo dos Santos, 35 anos, protagonizou um fato que virou motivo de comentários entre os seus colegas. Trabalhando desde 1994 no posto da Caixa Econômica do edifico Ministro Coqueijo Costa, naquele dia ele seguia para a agência quando encontrou R$ 3 mil nas escadas do prédio.

 

 

"A primeira coisa que me veio à mente foi devolver. Afinal, aquele dinheiro não era meu", conta Nilton Paulo. Ele comunicou o achado ao seu superior, Jurandi Moreira, responsável pela segurança no prédio. Moreira lembra que poucas horas depois recebeu uma ligação do dono. Era um advogado que havia perdido a quantia enquanto passava com a cliente nas escadarias do prédio.

 

 

Nilton Paulo diz que até hoje muitas pessoas o reprovam. "De 100 que souberam da história, apenas dez disseram que fariam o mesmo que eu, os outros ficariam com o dinheiro", lamenta. Ele reafirma, no entanto, a sua preocupação com o público e revela não ter se arrependido de sua atitude em nenhum momento.

 

(Ascom/TRT5 9.11.2007)