As primeiras telas do Suap (Sistema Único de Administração Processual), que vai gerenciar o processo virtual nacionalmente, já começaram a ser testadas pela equipe de servidores de alguns Regionais que está elaborando os parâmetros e regras de funcionamento do sistema junto com o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). A reunião do grupo acontece até amanhã, dia 20, em Salvador, cidade onde o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa que venceu a licitação para o serviço, está concebendo o novo sistema.
Com a apresentação das primeiras aplicações, referentes à petição inicial e à petição de andamento, a equipe começou, desde segunda-feira última, a fazer testes para verificar o que precisa de ajustes. ¿É muito importante a gente visualizar o que foi pensado para saber melhor a ordem dos procedimentos¿, avalia Helânia Demettino, servidora do TRT5 que está à disposição do CSJT participando da equipe que atua no detalhamento de cada atividade mapeada na 1ª e 2ª instâncias para o Suap. Os próximos passos serão as aplicações em distribuição dos processos e a agenda do magistrado da 1ª e da 2ª instâncias.
No primeiro dia da apresentação das aplicações, também estavam presentes o desembargador do TRT da 5ª Região, Cláudio Brandão, e o juiz Bráulio Gusmão, da 1ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais, Paraná, que fazem parte da Comissão de Avaliação dos Projetos de Informatização da Justiça do Trabalho (Capi-JT) do CSJT, responsável por coordenar o projeto.
Os primeiros módulos do Suap começam a ser implantados no ano que vem. O TRT5 está entre os cinco primeiros regionais escalados para os testes, juntamente com os TRTs da 2ª (SP), 4ª (RS), 9ª (PR) e 15ª (Campinas) regiões, além do próprio TST (Tribunal Superior do Trabalho). As primeiras aplicações apresentadas nesta semana ainda vão passar por um minucioso teste da equipe inter-regional para que sejam homologadas pela Capi-JT.
VANTAGENS - O Suap, que vai funcionar no ambiente web, não é apenas mais um instrumento para visualização de páginas na internet, mas um sistema inteligente de processo digital, com todas as rotinas automatizadas, o que importará em redução significativa do tempo de duração dos processos. O desembargador Cláudio Brandão explica que com o Suap o servidor e magistrado não terão mais de realizar atos de mera repetição de tarefas. "O trabalho do servidor e do magistrado ficará reservado para a inteligência do processo¿, explica.
Helânia comenta que a equipe tem de imaginar todos os detalhes, as falhas, os critérios de segurança e a viabilidade. ¿A gente constrói o modelo que deve ser validado pela Capi, para depois seguir para o Serpro, e, na volta, ser testado e aprovado¿, explica.
Ascom/TRT5 ¿ 19.11.2008