TRT da Bahia adere ao Dia Mundial do Autismo

foto: Secom TRT5

 

O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5) aderiu ao Dia Mundial do Autismo, comemorado no dia 2 de abril. A data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) busca a conscientização sobre o autismo, suas formas de manifestação e como a sociedade pode colaborar com a causa. O Fórum Ministro Carlos Coqueijo Costa e o Edifício Médici, em Nazaré, além do Fórum Juiz Antônio Carlos Araújo de Oliveira, onde funcionam as Varas do Trabalho de Salvador, no Comércio, estão iluminados de azul, cor que simboliza a campanha.

 

A ONU declarou que, segundo especialistas, a doença atinge cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como elas se comunicam e interagem. Diferente do que muitas pessoas pensam, o autismo não é uma doença, mas sim um distúrbio de desenvolvimento que surge geralmente nos três primeiros anos de vida. Esse distúrbio permanece por toda a vida e o perfil dos autistas inclui a introspecção e falta de relacionamento com o próprio mundo, dificuldade no domínio da linguagem e comportamento restritivo e repetitivo.

 

Estudos internacionais mostram que até oito em cada dez autistas são excluídos do mercado de trabalho, a um custo altíssimo para a sociedade. Segundo um especialista, "eles têm boa memória, uma mente muito bem estruturada, paixão por detalhes, são bons para encontrar erros e têm perseverança para realizar atividades repetitivas".

 

 

Dedicada à causa, a desembargadora do TRT5 Maria das Graças Boness é uma das fundadoras da Escola Evolução de Ensino Especial, no bairro do Imbuí, na capital baiana. "Há 24 anos, éramos 10 pais de autistas e sentimos que o autismo era uma coisa nova, sem explicação, e que não tinha suporte profissional na Bahia. Nos inspiramos em grandes instituições americanas e paulistas quando fundamos a escola, com a finalidade de sermos também um centro de referência", declarou a magistrada, afirmando que seu filho Franz, de 26 anos, é o seu maior incentivador.

 

Atualmente, cerca de 101 crianças e jovens com diversos graus de autismo frequentam a escola, sendo 60% deles carentes financeiramente. A instituição funciona com recursos próprios e doações, sem receber qualquer incentivo do governo. Apenas 40% dos alunos pagam pelo curso, que ocorre das 8 às 17h.

 

A desembargadora conta que são 38 profissionais contratados para as áreas de terapia ocupacional, fonoaudiologia, musicoterapia, psicologia, natação, informática, culinária e ecoterapia. "Temos agora até uma padaria dentro da instituição, além de um clube de mães carentes, que aprendem artesanato, corte e costura e outros produtos que são revertidos em prol da instituição", comemora. Dentro da entidade, os talentos dos jovens são descobertos e muitos participam dos cursos e treinamentos, ajudando na sua socialização.

 

Quem quiser fazer doações pode depositar qualquer quantia na conta corrente 13.000.225-3 da agência 3670 do Banco Santander.

 

Secom TRT5 - (Léa Paula/ Josemar Arlego) - 1º/4/2014