TRT de São Paulo se prepara para instalar o PJe na 2ª instância

foto: Ascom TRT2Desembargadores e servidores de gabinetes e das secretarias das turmas do TRT de São Paulo (TRT-SP) estão, desde o último dia 16, em treinamento com o objetivo de se familiarizarem com o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT). A demonstração do sistema está sendo conduzida pelo desembargador Cláudio Brandão (foto), do TRT da Bahia, acompanhado do servidor Gean Charles Pimentel, que estão percorrendo o país para ministrar o treinamento a magistrados e servidores de todos os Tribunais do Trabalho em fase de implantação do sistema. Na capital paulista, a previsão é que, a partir do final de agosto, todos os mandados de segurança de competência originária da 2ª instância estejam tramitando exclusivamente por meio do PJe.

 

A apresentação conduzida pelo desembargador Cláudio Brandão traz o caminho percorrido pelo processo entre a protocolização da petição inicial e a mesa do desembargador, comparando o que acontece com o processo em papel - protocolo, autuação, numeração de folhas, carimbo ''em branco'', remessa, conferência - e com o PJe, que substitui todas essas ações em apenas um clique no mouse. O magistrado também destacou a importância da implantação do sistema no TRT paulista, devido ao seu tamanho e à importância da região sob jurisdição do Tribunal. ''A utilização do sistema em um Tribunal como o de São Paulo dá visibilidade ao projeto'', comentou.

 

foto: Ascom TRT2Para Gean Charles Pimentel (foto), que ministrou o treinamento para os servidores, o primeiro contato com a ferramenta é proveitoso para desmistificar os temores iniciais em relação ao processo. ''As pessoas não perguntam o óbvio, como seria o prosseguimento normal do processo, mas já se antecipam e têm dúvidas sobre eventuais problemas que possam ter em situações práticas'', disse o assessor, que destacou os cerca de 200 servidores presentes na capacitação, número que supera em muito os demais TRTs. ''Nos outros, são turmas de até 20 pessoas. Aqui, foi uma semana com grupos de cerca de 40 por dia. Tive até que juntar grupos de três por computador na hora de simular uma sessão de julgamento, para que todos pudessem ver melhor'', afirmou.

 

A presidente do TRT-SP, desembargadora Maria Inês Alves da Cunha tem boas expectativas quanto ao PJe. ''O processo eletrônico pode trazer um salto qualitativo, e não apenas quantitativo, para a Justiça do Trabalho''. Para ela, o PJe dará mais tempo para que os magistrados e servidores se dediquem aos aspectos jurídicos do processo, eliminando boa parte dos entraves burocráticos que acabam atrasando a conclusão dos processos.

 

Fonte: Ascom TRT2 - 24.7.2012