Muitos trabalhadores acompanharam a sessão

Os operários da Papaiz Nordeste Indústria e Comércio Ltda devem voltar ao trabalho nesta sexta (20) depois que a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (Sedc) do TRT5 julgou abusiva a greve da categoria que já ocorria há 17 dias. No julgamento, que ocorreu na tarde desta quinta, os desembargadores que compõem o órgão entenderam que não houve comunicação prévia da paralisação, bem como assembléia sindical para deliberar sobre a suspensão das atividades.

Os magistrados decidiram pela retomada do trabalho sob pena de multa diária de R$ 5 mil, que deve ser paga pelo Sindicato dos Metalúrgicos, representante da categoria. A Papaiz tem aproximadamente mil funcionários e, com a decisão, fica autorizada a descontar os dias parados durante a greve. Nada impede, porém, a continuidade de negociação entre patrões e empregados.

Não foram acolhidos, no julgamento, os pedidos de indenização por danos morais ajuizados pela empresa, cujo advogado declarou, da tribuna, haver uma perda de R$ 500 mil, por dia, devido ao movimento paredista. A Sedc considerou que aquele não era o fórum para essa reivindicação. Na decisão também não foram abordadas questões de fundo econômico como reajustes ou concessão de cesta básica, que motivaram reuniões anteriores entre trabalhadores e empregadores. A Seção de Dissídios já havia tentado um acordo em torno do assunto, em sessão de conciliação ocorrida no último dia 10, mas não obteve êxito.

Durante a sessão, aproximadamente 200 operários se concentraram em torno da sede do TRT5, em Nazaré, e muito deles acompanharam o julgamento no auditório do Pleno do Tribunal. 

Ascom TRT5 - 19.05.2011
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