Entidade cultural mais antiga do estado, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), situado na Avenida Joana Angélica, Piedade, comemorou na última terça-feira (13/5) os seus 120 anos de fundação. A vice-presidente do TRT5, desembargadora Nélia Neves de Oliveira, compareceu à sessão comemorativa, ao lado de diversas outras autoridades.

A sessão foi aberta pela presidente do IGHB, professora Consuelo Pondé de Souza, que fez um breve histórico da entidade, cuja finalidade é promover estudos, difundir os conhecimentos de Geografia, de História e Ciências afins, além de conservar o patrimônio histórico e artístico baiano e brasileiro. Em seguida, agradeceu a todos os apoiadores do Instituto, em especial ao governo do estado da Bahia, sócios e funcionários da casa, e convidou o professor da Escola de Música da UFBA Mário Ulloa a fazer uma breve homenagem a Dorival Caymmi, cujo centenário se completou este ano, tocando duas de suas composições: “Morena do Mar” e “O Bem do Mar”.

Também se pronunciaram o  presidente de honra do IGHB, Roberto Santos, que destacou a importância do arquivo e da biblioteca, tendo esta última mais de 30 mil exemplares para consulta, e o orador oficial, Edvaldo Boaventura, que fez uma homenagem aos sócios falecidos, dentre os quais o desembargador Luiz de Pinho Pedreira, ex-presidente do TRT5 (1975-1977).

Após a posse de novos sócios (empresários e profissionais de diversas áreas), o confrade Augusto Cesar Zeferino homenageou a presidente do Instituto com a medalha do Instituto Geográfico e Histórico de Santa Catarina, juntamente com o certificado correspondente.

Seguindo a ordem dos trabalhos, foi feita a entrega da medalha Bernardino de Souza aos senhores Antônio Imbassahy, Edvaldo Machado Boaventura, João Maurício de Araújo, Victor Gradin e Geraldo Danneman, personalidades que prestaram relevantes serviços para preservação dos valores cívicos da Bahia.

Com a palavra, o vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Victorino de Miranda, representando o presidente do IHGB, Arno Wehling, agradeceu a valiosa contribuição do instituto baiano para estudo e preservação da identidade brasileira.

O secretário de cultura, Albino Rubim, representando o governador do estado, Jaques Wagner, parabenizou à presidente do IGHB pela sua incansável luta, que culminou na recente parceria com o governo para realização do VI Congresso de História da Bahia (setembro).

Por fim, a presidente do IGHB encerrou a sessão convidando todos a cantarem o Hino do estado da Bahia e, posteriormente, para coquetel e lançamento do livro Instituto Geográfico e Histórico da Bahia - Origem e Estratégias de Consolidação Institucional (1894 - 1930), resultado da tese de doutorado do pesquisador Aldo José Morais Silva.

Também estiveram presentes à sessão comemorativa o ex-governador da Bahia Waldir Pires, o presidente da Academia de Letras da Bahia, Aramis Ribeiro Costa, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, o presidente da Associação Baiana de Imprensa, Walter Pinheiro e o cônsul-geral de Portugal em Salvador, José Manoel Lomba, dentre outros.

Sobre o IGHB - Fundado em 13 de maio de 1894, o IGHB recebeu, em 2011, do IPAC, a notificação de abertura de processo para tombamento da sua edificação e todo o seu acervo. Também conhecido como a “Casa da Bahia”, possui a maior coleção de jornais, datados desde o século XIX até a atualidade, além do maior acervo cartográfico do estado, o que permite a sociedade conhecer a origem dos atuais 417 municípios baianos.

Na Biblioteca Ruy Barbosa, obras raras estão à disposição de pesquisadores e demais interessados. O mesmo acontece no Arquivo Theodoro Sampaio, que reúne e conserva acervos particulares, a exemplo de Theodoro Fernandes Sampaio, Brás do Amaral e Hildegardes Viana e preciosidades, como os manuscritos de poesias de Antônio de Castro Alves e cartas de Antônio Conselheiro.

Ao percorrer as instalações da instituição, é possível conferir em seu Museu uma importante coleção de retratos, além de esculturas de bronze, mobiliário de época e peças religiosas da cultura africana na Bahia.

Periodicamente o Instituto realiza palestras, congressos, encontros e seminários para discutir assuntos relacionados a história, geografia e ciências afins. O IGHB também é guardião do Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha, onde estão os dois principais símbolos da maior festa cívica do país: o Caboclo e a Cabocla; ícones da participação popular nas lutas pela independência baiana.

Secom TRT (Flávia Côrtes) e IGHB - 14.05.2014